A viagem era para o leste europeu. Por evidente, um dos destinos era Praga, a bela capital da República Checa. Antes de iniciarmos o passeio pelo centro histórico da cidade, ainda no hotel, a nossa guia passou aos avisos paroquiais.
Quanto à segurança, nos afirmou que a cidade era tranquila mas que deveríamos ter muito cuidado com os batedores de carteira, e que o local mais propício para ser vítima de algum "mão-leve" era na Ponte Carlos, onde sempre havia grande aglomeração de turistas. Na época ainda não se usava o termo pickpocket.
O passeio transcorreu com normalidade até que notei a proximidade constante de dois homens. Sempre que me preparava para registrar alguma foto, coincidência ou não, eles estavam por perto.
Lembrando das advertências, chamei a Lourdes para perto de mim e nos encostamos no muro de proteção da famosa ponte. De costas para o rio e com toda a visão dos transeuntes pela frente.
Logo em seguida, um integrante do nosso grupo, que viajava sozinho, chegou perto de mim e perguntou se eu tinha notado aqueles dois homens. Ele tivera a mesma impressão que eu.
Pelo sim, pelo não, combinamos aplicar um antídoto. Ao invés de sermos perseguidos, passamos a perseguir. Vale dizer, ficamos na retaguarda dos dois, cuidado detidamente os seus movimentos.
Como bons malandros, eles notaram a nossa estratégia e sem muita demora sumiram da nossa vista, com certeza, à procura de turistas incautos, o que não era o nosso caso.
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