BUNGEE JUMPING

Fomos visitar o Marcus, músico que integrou a banda alemã durante a Festa dos Atiradores em nossa cidade. Ele morava em Bressanone, na Itália e havia estado conosco em Pérgine Valsugana, cidade natal de meu avô materno. Nos despedimos depois do jantar naquele sábado e no domingo, bem cedo, iniciamos o retorno para a nossa base, na Alemanha. Nenhuma nuvem nos céus, temperatura agradabilíssima, acompanhados das belas paisagens alpinas. Programa perfeito. Tudo de bom. Mas o dia nos reservava mais surpresas. Sempre que possível evitamos utilizar as autoestradas, tanto por motivos econômicos, evitando os pedágios, mas principalmente para poder desfrutar das belas paisagens das estradas secundárias, que inevitavelmente atravessam pequenos e charmosos povoados. Antes mesmo de chegar em Innsbruck, paramos no único lugar possível, onde havia um pequeno comércio de souvenirs. Do paradouro têm-se uma bela visão da Ponte Europa, no vale Wipp, ao sul de Innsbruck, Tirol, Áustria. Tem 777 metros de comprimento e uma altura de 192 metros. Eis que de repente vimos um maluco praticante de esportes radicais, saltando daquela altura. Era o tal de Bungee Jumping, esporte radical praticado por muitos aventureiros corajosos, que consiste em saltar de uma altura num vazio, amarrado pelos tornozelos ou à cintura a uma corda elástica. Foi uma queda livre fantástica e no meu cálculo, tomou a metade da altura da ponte. Depois, os participantes daquela aventura passaram a recolher o corajoso, puxando-o para o leito da ponte. Foi uma tarefa bem demorada, o que dá bem a ideia da profundidade do vale. Mas o dia estava lindo, perfeitamente apropriado para subir o Zugspitze, situado em Garmisch-Partenkirchen que é o ponto mais alto da Alemanha, com 2.962 metros. Mas quando chegamos em Garmisch fomos informados que à tarde haveria um desfile comemorativo aos 1.200 anos da cidade. Optamos pela festa. O desfile temático contava a história da região, desde o tempo das cavernas, até os dias atuais. Uma verdadeira aula de história.