Era um dia muito quente. Beber água ainda é um meio para atenuar as conseqüências do calor causticante, principalmente quando andamos ao ar livre.
A visita ao Palácio de Versalhes não fica limitada às dependências do palácio em si. Há todo o percurso desde o estacionamento até as bilheterias e finalmente ao interior do palácio.
Mas andar pelos jardins e pelo imenso parque sempre fazem parte de um bom programa.
Entre uma e outra garrafa d'água, vem a necessidade de visitar os banheiros. Para os homens é uma rotina que não apresenta maiores problemas. Já para as mulheres a logística é outra.
Divididos por sexo, nós os homens ficamos prontos em poucos minutos, enquanto elas ainda estavam na fila, como sói acontecer nestas ocasiões.
Algumas delas já estavam suando e não era por causa do calor e sim pelo aperto próximo do desespero. O pior ainda é que dava a impressão de que todas e todos resolveram visitar os sanitários simultaneamente.
Vendo aquilo eu sugeri às mulheres do nosso grupo que passassem a utilizar os banheiros masculinos.
Alguns olhares de desaprovação se fizeram sentir de imediato mas logo arrefeceram diante dos meus argumentos:
- Entrem nos banheiros privativos, fechem a porta, cada uma à sua vez, ninguém verá nada. - Por outro lado, continuei, quem conhece vocês? Ninguém. Então, qual é o problema?
Consegui convencê-las e assim, umas de imediato outras ainda um pouco titubeantes invadiram o sagrado território masculino, sendo seguidas pelo exemplo, por outras mulheres vindas de todos os cantos do mundo e dele saindo literalmente aliviadas.
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