VOICES OF SPRING - STRAUSS
sexta-feira, 31 de maio de 2024
LUGARES
PARIS - FRANÇA
O grande obelisco de Luxor, com mais de 3000 anos, foi um presente do Egito à França em agradecimento ao pesquisador Jean-François Champollion, responsável por decifrar os hieróglifos egípcios. O obelisco marcava a entrada do Palácio de Ramessés II, em Tebas (atual Luxor) e adorna o centro da Praça da Concordia desde 1836. Aproveite a visita ao local para observar todos os detalhes da obra monumental, com 23 metros de altura e mais de 220 toneladas.
quinta-feira, 30 de maio de 2024
LUGARES
BALNEÁRIO PIÇARRAS - SC
Balneário Piçarras (originalmente Piçarras) é um município brasileiro do Estado de Santa Catarina. Sua população estimada em 2019 é de 23.147 habitantes. Hoje é sede do maior museu oceanográfico da América Latina. (Wikipédia)
quarta-feira, 29 de maio de 2024
PROFESSOR DO PROFESSOR
O Professor de Direito Penal era o Dr. Alceu. Tinha por hábito escalar um aluno para no primeiro momento da aula da semana seguinte, repetir o conteúdo da semana anterior. Era uma fórmula utilizada para incrementar a oratória e o desembaraço dos futuros advogados.
O conteúdo da matéria: as causas de extinção da punibilidade. O colega escalado: O Ivo, a quem o mestre dirigiu a seguinte admoestação:
- Não duvido da tua capacidade, mas o problema é o horário...
O Ivo se comprometeu solenemente e não apenas assumiu o compromisso, como veio a honrá-lo na semana seguinte.
Quem era o Ivo? Media cerca de 1,90 de altura, tinha perto de trinta anos. Era magro. Seu peso não era proporcional à sua altura. Os cabelos um pouco ondeados, quase todos brancos, fruto, segundo ele, de noitadas em POA. Sua voz era única, posto que muito aguda. O Bigode cobria-lhe o lábio superior e também o inferior. Espirituoso ao extremo, e muito inteligente.
Iniciou sua exposição e depois de discorrer sobre a finalidade do estudo das causas de extinção da punibilidade, passou a examiná-las uma a uma. Ou melhor, tentou examiná-las, porquanto não teve muito sucesso na empreitada, por razões alheias à sua vontade.
- A primeira causa extintiva, dizia ele, era a morte do agente. Parece ser coisa óbvia, pois morrendo o réu não há como aplicar a pena. A previsão legal se justifica na medida que se trata de uma garantia de que os efeitos da condenação não podem se estender para a pessoa dos familiares do réu.
Citou, como exemplo, a condenação de Tiradentes, cujos efeitos se refletiram nos seus familiares.
- Contudo, como em toda regra, esta igualmente tem a sua exceção, enfatizou.
O professor Alceu se mexeu na cadeira e esperou com ouvidos bem abertos.
Nos crimes de adultério, quando morre o cônjuge ofendido, extingue-se a punibilidade do cônjuge ofensor e ....
- Peraí Ivo, disse o professor. Em primeiro lugar, meus parabéns. A tua observação está corretíssima e isto demonstra que vieste preparado para a aula. E aproveitou:
- Eu quero me penitenciar. Na na aula passada eu simplesmente esqueci de falar desta exceção.
O professor Alceu, então, aproveitou para repassar todos os fundamentos doutrinários da exceção, afim de que a matéria ficasse bem firme no conhecimento dos seus alunos. Ao retornar a palavra ao Ivo, o professor falou:
- Ivo, mais uma vez, os meus parabéns pelo...
- O que é isso professor? – Nós estamos aqui para suprir as deficiências dos mestres....
(baixa o pano, rapidamente).
LUGARES
ST. PETERSBURG - RÚSSIA
O Jazigo dos Grão-Duques é um mausoléu construído propositadamente para os grão-duques e grã-duquesas da Rússia na Fortaleza de Pedro e Paulo. A estrutura neo-barroca com cúpula é frequentemente confundida como parte da Catedral de Pedro e Paulo devido às semelhanças arquitectónicas entre as duas. Wikipédia
terça-feira, 28 de maio de 2024
LUGARES
BREUIL-CERVINIA - ITÁLIA
Breuil Cervinia, na Itália, é uma charmosa cidade encravada nos Alpes Italianos mais conhecida por ser um importante resort de esqui no norte do país.
segunda-feira, 27 de maio de 2024
PALAVRAS SUBMERSAS
Ruy Castro
Porto Alegre sempre foi uma cidade literária, a última em que essa tragédia poderia ter acontecido
Sei muito bem que não se comparam com as vidas e os sonhos levados pelas águas. Mas eles também são uma forma de vida e de sonho. Refiro-me aos livros, tomados e destruídos pelo enxurro, aos milhões, no Rio Grande do Sul. Não há exagero nesse número. Se cada exemplar de um livro pode ser insubstituível, pelo que representou na vida de uma pessoa, imagine essa morte em massa de páginas talvez ainda nem lidas. É duro constatar que o objeto em que se assentou o conhecimento humano nos últimos mil anos é tão frágil.
Assim como é frágil tudo o que permite ao livro existir e fazer a vida valer a pena: bibliotecas, livrarias, editoras, distribuidoras, gráficas. As fotos de Porto Alegre com os prédios quase submersos deram só uma tênue ideia. Quando a água acabar de baixar, as gráficas encontrarão suas impressoras com lama em cada arruela. Montanhas de bobinas de papel enrugado e perdido para sempre. Latões de tinta boiando e se jogando contra as paredes. Quantas palavras deixarão de ser impressas?
Editores e distribuidores ainda esperam ter acesso aos depósitos para calcular o tamanho da desgraça. Só se sabe que livrarias perderam grande parte do estoque, incluindo os livros já comprados e pagos e os consignados, que só seriam pagos quando vendidos. Tudo ficou sob cinco metros de água e agora entulho. E, com os computadores destruídos, como calcular os deveres e haveres?
Uma editora ficou sem a única coleção dos livros que editou, ou seja, sem sua memória. E os sebos, geralmente térreos, nas ruas mais baixas e desprotegidas, cheios de livros preciosos? Imagino o desespero dos livreiros gaúchos meus amigos, competindo com a água nas escadas, degrau por degrau, levando os títulos valiosos para as prateleiras mais altas, tentando salvá-los.
Porto Alegre sempre foi uma cidade literária —a última em que esse tipo de tragédia deveria ter acontecido.
Fonte: Folha de S.Paulo
LUGARES
NÁPOLES - ITÁLIA
O Castel Nuovo, também conhecido pelo nome de Maschio Angioino, é um castelo na cidade de Nápoles, na Itália. Sua construção foi iniciada em 1279, por ordem de Carlos I de Anjou, sendo completada três anos mais tarde, mas permaneceu desabitado até 1285, quando foi ocupado por Carlos II de Nápoles. Wikipédia
domingo, 26 de maio de 2024
ARENA DI VERONA
Verona é uma dessas cidades que conquista as pessoas ao primeiro contato. Quando lá estive pela primeira vez, era verão. Ao lado da Arena estavam depositadas peças típicas de cenários teatrais. A minha curiosidade foi saciada ao saber que era a época do Festival de Óperas que acontece todos os anos na Arena. Visitando o interior daquele magnífico edifício foi possível imaginar a grandiosidade dos espetáculos ali apresentados. De pronto elegi o festival como um dos meus sonhos de consumo, cuja concretização só aconteceu anos depois quando deixei de viajar com excursões e seus pacotes fechados.
Como primeira ópera elegi AIDA de Verdi. A temperatura estava agradável e a organização estava impecável. A platéia, segundo as estimativas, girava em torno de vinte (20) mil pessoas. O espetáculo foi magnífico. A acústica era perfeita. A Marcha Triunfal se mostrou de uma beleza indescritível. Foi uma das experiências mais fascinantes da minha vida.
Noutra temporada fui assistir NABUCO, também de Verdi. A principal motivação para eleger aquela ópera é que a mesma não era encenada todos os anos. Mas foi especialmente preparada para o sesquicentenário da unificação italiana. Abro um parêntesis. Vá Pensiero ou o Coro dos Escravos Hebreus, é considerado o segundo hino nacional italiano, mas para muitos é o verdadeiro hino nacional. Então, aquela seria uma ocasião especial para a exibição. E foi. A Arena estava lotada. Ao término de Vá Pensiero, por uns momentos o silêncio foi total até a explosão de aplausos que não findava nunca. Emocionante! Uma senhora sentada ao meu lado, francesa, ao que pareceu-me, simplesmente chorava. O maestro aguardava pacientemente pelo término dos aplausos e como a manifestação do público continuasse vibrante, gesticulou para os cantores e interpretou tais manifestações como um pedido de bis. E assim foi feito. Jamais esquecerei daquela noite.
A última experiência, ao menos até este momento, foi Carmen de Bizet, uma apresentação prejudicada pelo mau tempo. Choveu bastante até a hora prevista para o início do espetáculo. Aquela era a última apresentação da temporada de óperas, sem possibilidades, portanto, de retornar dias depois. Afora isto, dias depois, lendo a crítica especializadas, tomei conhecimento de que aquela foi uma das mais pobres montagens daquela ópera. Para empanar ainda mais o brilho daquela noite, eu havia assistido partes de apresentações de outros anos via internet. Uma delas, inclusive, na noite de encerramento do festival, com uma grandiosidade fantástica. Em tais ocasiões, o público recebe umas velas que são acesas no final do espetáculo proporcionando um visual muito bonito. Naquela noite, porém, em razão das chuvas, as velas não foram distribuídas como de hábito. Mesmo assim foi um belo espetáculo.
LUGARES
NUREMBERG - ALEMANHA
O Heubrücke é uma estrutura de ponte em Nuremberg e atravessa o braço sul do rio Pegnitz . A ponte rodoviária liga o distrito de St. Lorenz à ilha de Schütt. A ponte de feno era anteriormente delimitada por duas torres. Uma das duas torres é chamada de Torre da Dívida e ainda existe hoje. Naquela época, a ponte também era chamada de ponte da torre da dívida ou ponte perto da torre da dívida. Foi construída como uma ponte de madeira atrás das ameias da penúltima muralha da cidade de 1320/25 sobre o braço sul do Pegnitz entre a grande ilha traseira de Schütt e a Baixa Bergauerplatz. Em 1485 foi substituído por um edifício de pedra juntamente com a sua continuação norte, a ponte do hospital que liga a ilha ao adro da igreja do Heilig-Geist-Spital (hoje: Hans-Sachs-Platz) em frente. Em 1488, uma coluna de tortura foi erguida na ponte de feno em memória de Hans Held, que se afogou no Pegnitz . Por volta de meados do século XIX, ambas as pontes tiveram de ser alargadas como parte da necessária expansão das estradas existentes.
sábado, 25 de maio de 2024
SOLASTALGIA
José Horta Manzano
As águas vão baixando no Rio Grande. O que se vai descobrindo agora é um espectro de devastação, panorama de infinita tristeza. O trabalho de uma vida inteira, a pequena propriedade rural que custou anos de sacrifício, a semeadura feita à custa de dívida bancária contraída com tanta dificuldade – tudo destruído.
Nós outros, que assistimos a essa tragédia pela televisão, não fazemos a menor ideia do que seja passar por um sufoco desse calibre. O desastre assolou uma área de tamanho comparável a uma Grã-Bretanha, quase uma Itália inteira! É uma tragédia superlativa.
O Instituto Quaest publicou, no momento em que as enchentes atingiam seu pico, os resultados de uma pesquisa nacional. Tanto gente de bom senso como terraplanistas concordaram num ponto principal: para 99% dos entrevistados, a calamidade que atingiu o Rio Grande do Sul tem ligação com as mudanças climáticas que perturbam a vida no planeta. Unanimidade assim é rara de se ver.
Enquanto isso, em Brasília, se desenrolam fatos dignos de um outro planeta. Estão atualmente tramitando, no Senado ou na Câmara, 25 projetos de lei e 3 propostas de alteração da Constituição visando a mexer na legislação de preservação florestal, a afrouxar regras de licenciamento ambiental e até a anistiar grileiros, desmatadores e outros neandertais. Interesses pessoais néscios e mesquinhos estão por trás desses projetos. Seus autores vivem divorciados de seus eleitores e da realidade global. Esperemos que as enchentes do Rio Grande sacudam o berço esplêndido desses eleitos deslumbrados e os despertem para as desgraças que entraram na pauta nacional.
Boa parte da população de países mais atentos já se deu conta, faz anos, de que toda a humanidade navega num mesmo barco e de que, se cada um não fizer sua parte, o planeta periga tornar-se inabitável antes do que se imagina. Quando digo “cada um” é cada um mesmo, na medida de suas possibilidades. Reutilizar um saco de papel, por exemplo, é o tipo de gesto fácil e simples mas que, multiplicado por milhões de cidadãos, tem seu peso.
Acredito que, em matéria de participação individual no esforço geral de fazer o que se pode para lutar contra aquecimento planetário e catástrofes climáticas, o cataclismo do Rio Grande seja um marco histórico: assinalará um antes e um depois na tomada de consciência do brasileiro sobre o processo de rápida deterioração do clima global.
As enchentes do Sul não são um fenômeno isolado – afirmação cujo bom senso já foi aferido pela pesquisa Quaest. Estão intimamente relacionadas ao desmate na Amazônia e no Cerrado, à reorientação da circulação dos ventos e da umidade. É uma teia complexa de eventos que se equilibram e se complementam. Uma alteração num dos componentes perturba o funcionamento do todo.
Neste ‘day after’ das enchentes do Rio Grande do Sul, não se trata mais do derretimento de longínquas geleiras ou do desaparecimento de ilhotas num oceano qualquer. Hoje sabemos o que significa ver um naco da própria terra natal desaparecer sob uma água barrenta como enxágue de olaria e estagnante como criadouro de mosquito. A partir deste maio de 2024, os brasileiros contam com um exemplo real, doméstico, de carne e osso, com nome e endereço. Não dá mais pra fazer que não viu.
A saúde mental da população, especialmente dos mais jovens, estará cada vez mais comprometida. De fato, são os que entram agora na vida adulta que mais se preocupam com o horizonte sombrio, sem luz, sem sol e sem esperança. É a eles que estamos legando esse mundo. Vamos pelo menos corrigir um pouco do que fizemos errado estas últimas décadas.
Solastalgia, título deste escrito, é termo cunhado em 2005 pelo filósofo australiano Glenn Albrecht. Descreve o estado de estresse emocional causado pelas alterações do meio ambiente, especialmente a destruição de ecossistemas e da biodiversidade. E, consequência inevitável, o aquecimento global.
Energias renováveis, transição energética, ecoansiedade, angústia climática, luto ecológico, ponto de não retorno – são expressões que vão continuar se avolumando em nosso futuro próximo. Se o sofrimento causado pela calamidade das enchentes do Rio Grande puder nos abrir o olho (e a mente) para essa inescapável realidade, um bom passo terá sido dado.
Fonte: brasildelonge.com
sexta-feira, 24 de maio de 2024
quinta-feira, 23 de maio de 2024
LUGARES
STEIN AM RHEIN - SUÍÇA
Stein am Rhein é uma comuna da Suíça, no Cantão Schaffhausen, com cerca de 3.110 habitantes. Estende-se por uma área de 5,75 km², de densidade populacional de 541 hab/km². Confina com as seguintes comunas: Eschenz, Hemishofen, Öhningen, Wagenhausen. A língua oficial nesta comuna é o Alemão. Wikipédia
quarta-feira, 22 de maio de 2024
SÓTER NEVES
Lembro de ter visto muitos painéis em bares e afins que levavam o autógrafo do pintor Soter Neves. Pessoa simples e respeitosa. Aparentava uns cinquenta anos ou mais. O conheci pelas ruas da cidade quando eu tinha uns quatorze anos de idade, ou menos.
Reza a lenda que ele teria feito uma promessa segundo a qual deveria inventar uma piada por dia durante mil dias.
Andava pelas ruas, como eu disse, e abordava as pessoas, conhecidas ou não, para contar a piada do dia.
- Sabe da última? … E já complementava com a resposta.
Era completamente neutro quanto à reação do seu ouvinte. Não ria da suposta piada, não fazia qualquer comentário e não parava para conversar. Simplesmente seguia adiante em busca de novos ouvintes.
Geralmente eu o encontrava pelas imediações da agência dos correios e lembro de algumas vezes que ele me contou a "piada do dia". Eram chistes curtos e rápidos, impregnados de trocadilhos e que levavam no fundo um pouco de humor. Num dia frio ele me perguntou:
- O que é preciso para Caxias ficar bonita no inverno? e imediatamente deu a resposta: - É só ter neves!
Noutra oportunidade ele me disse:
- Eu não escolho as laranjas. Eu só pego as mais bonitas!
Outra vez formou um trocadilho com pessoas conhecidas do público. Uma dessas pessoas era o Sr. Egidio Michaelsen, que fora candidato a governador do RS e a outra era a rádio atriz Linda Gay.
Depois de dizer o nome dos dois ele concluiu:
- Formaram uma nova dupla: Micaguei.
Depois de tantos anos, não sei se ele chegou a cumprir a sua promessa das mil piadas, nem mesmo o motivo da tal promessa. Também não sei como foram seus derradeiros dias.
Sempre me passou a impressão de se tratar de uma boa pessoa e sobretudo uma pessoa feliz.
LUGARES
BALNEÁRIO PIÇARRAS - SC
Balneário Piçarras (originalmente Piçarras) é um município brasileiro do Estado de Santa Catarina. Localiza-se a uma latitude 26º45'50" Sul e a uma longitude 48º40'18" Oeste, estando a uma altitude média de 18 metros.
terça-feira, 21 de maio de 2024
LUGARES
NUREMBERG - ALEMANHA
Localizado a 5 minutos a pé da praça pública Hauptmarkt, na cidade velha de Nuremburg, este hostel informal para jovens está situado dentro do Castelo de Nuremberg, datado do século 11, e a 2 km da principal estação de trem.
segunda-feira, 20 de maio de 2024
A GERAÇÃO ANSIOSA
Hélio Schwartsman
Livro sustenta que redes sociais e cultura de supervigilância fizeram aumentar doença mental entre jovens
Sou fã do psicólogo Jonathan Haidt, cujas ideias e livros comento neste espaço já há vários anos. Sua obra mais recente, "The Anxious Generation", tem recebido grande atenção na imprensa. A razão principal é que ele pede a proibição de redes sociais para menores de 16 anos. Pode parecer extremo, mas ele constrói um bom caso.
Haidt mostra que, a partir de 2010, com a proliferação da internet rápida e das redes sociais, passamos a registrar muito mais casos de doença mental entre jovens, em especial as meninas. São quadros de ansiedade, depressão e tentativas de suicídio, que atingem a geração Z. O fenômeno é mais acentuado nos EUA, mas ocorre em diversos países. As evidências são majoritariamente correlacionais, mas Haidt as concatena de forma que soam convincentemente causais. Há quem ache que isso bastaria para justificar o veto das redes para crianças.
A história que Haidt conta, porém, é mais complexa. Para ele, a crise de saúde mental é resultado não só da superexposição da geração Z às redes mas também de uma mudança mais profunda na forma de socialização das crianças. Especialmente a partir dos anos 1990 nos EUA, consolidou-se uma cultura parental de segurança extrema. Pais pararam de deixar seus filhos saírem sozinhos e de brincarem com seus pares sem a supervisão de adultos.
Pode parecer um detalhe, mas há fartos indícios do mundo natural de que, para mamíferos como nós, brincadeiras são um elemento fundamental do aprendizado. São elas que nos preparam para lidar com riscos do mundo real e para resolver as arestas sociais que inevitavelmente surgem. O excesso de vigilância frustra esse aprendizado, deixando marcas profundas no desenvolvimento. Esse segundo ingrediente, mais libertário, do modelo proposto por Haidt não vem ganhando o mesmo destaque do primeiro, que é mais censório.
Qualquer que seja o peso de cada ingrediente, o novo livro de Haidt é importante.
Fonte: Folha de S. Paulo
domingo, 19 de maio de 2024
ENCONTRO RELIGIOSO
Chegamos na capital americana no final da tarde de sexta-feira. Jantamos nas proximidades do hotel e depois saímos para um reconhecimento da cidade, mas o passeio verdadeiro seria no dia seguinte.
Por ser sábado de manhã notamos que havia um movimento intenso de pessoas por todos os lugares por onde passamos. Mas ao chegarmos ao Capitólio percebemos uma incomum aglomeração de pessoas, em sua esmagadora maioria, do sexo masculino.
Então, ficamos sabendo que se tratava de um encontro religioso cujo mote era o "retorno da mulher ao lar".
Pelo noticiário ficamos sabendo que o evento concentrou cerca de um milhão e meio de pessoas. A praça do Obelisco, aquele enorme espaço defronte ao Capitólio estava completamente lotada.
Como é fácil imaginar, nosso passeio por ali ficou um tanto prejudicado. Para compensar fomos visitar um museu dedicado à aviação, programa que compensou a frustração por não termos visitado outros pontos de interesse.
No final da tarde passamos pelo Capitólio e o movimento de pessoas já era quase nulo. Os serviços de limpeza pública é que agora tomavam conta do logradouro acomodando montanhas de lixo em pontos estratégicos.
À noite saímos para um tour pela cidade e ao passarmos pelo Obelisco não havia mais nada, nem pessoas e nem lixo. Igualzinho ao Brasil.
LUGARES
GIVERNY - FRANÇA
Givenry tinha tudo para ser apenas um pequeno vilarejo na região da Normandia. Só que Claude Monet, um dos mais importantes pintores impressionistas franceses, decidiu mudar pra lá e criar em sua casa um jardim incrível, repleto de cores, formas e texturas, coisa de artista.
sábado, 18 de maio de 2024
ENGOLINDO LIXO
Ruy Castro
O mundo piora de hora em hora e,
talvez por isto, o fotojornalismo vive um grande momento. Um exemplo é a
exposição World Press Photo, com os principais registros fotográficos de 2016
-vários brasileiros-, que visitei outro dia no Centro Cultural da Caixa. Uma
das imagens que me tocaram foi a da tartaruga que reboca uma rede de pesca no
mar das ilhas Canárias. Até onde terá nadado com aquele peso às costas? Isto se
já não tiver morrido de inanição, por comer plásticos flutuantes que pensou ser
águas-vivas.
Dias depois, soube de um golfinho que prendeu seu focinho na tira de um chinelo de borracha, em Ubatuba, o que o impediu de se alimentar e o fez também morrer de inanição.
E li há pouco que 25 dos 29 recifes de coral listados como patrimônio mundial da Unesco podem desaparecer, corrompidos pelo efeito estufa. Os corais não são só curiosidades turísticas. Protegem as comunidades costeiras contra alagamentos, abrigam uma rica vida marinha e garantem o sustento de multidões de pescadores.
Dias depois, soube de um golfinho que prendeu seu focinho na tira de um chinelo de borracha, em Ubatuba, o que o impediu de se alimentar e o fez também morrer de inanição.
E li há pouco que 25 dos 29 recifes de coral listados como patrimônio mundial da Unesco podem desaparecer, corrompidos pelo efeito estufa. Os corais não são só curiosidades turísticas. Protegem as comunidades costeiras contra alagamentos, abrigam uma rica vida marinha e garantem o sustento de multidões de pescadores.
Sem falar na inacreditável ilha
do Lixo, no Pacífico, a 1.600 km da Califórnia, formada por dejetos da
civilização, levados pelas correntes marítimas e agregados numa área igual ao
RJ, MG e ES somados. Talvez seja uma avant-prémière da catástrofe prevista por
Denise Hamú, ambientalista da ONU no Brasil, de que, até 2050, arriscamo-nos a
ter "mais plástico nos mares do que peixes", como ela disse ao
"Globo".
Se parece impossível que o mar e
seus habitantes possam morrer um dia, basta constatar o volume de lixo que lhe
despejamos por segundo e ele é obrigado a engolir -sacos de supermercado,
fraldas, camisinhas, garrafas pet, canudinhos de refrigerante, quilômetros de
fio dental e xixi com resíduos de Ecstasy, Viagra e Rivotril. Imagine se lhe
jogarmos políticos.
Fonte: Folha de S. Paulo - 10/07/2017
Fonte: Folha de S. Paulo - 10/07/2017
LUGARES
DUBRIVNIK - CROÁCIA
Dubrovnik é uma cidade no sul da Croácia na costa do Mar Adriático. É conhecida por sua Cidade Antiga, cercada por enormes muros de pedra erguidos no século 16. Seus prédios bem conservados abrangem desde a igreja barroca St. Blaise até o Palácio Sponza, da Renascença, e o gótico Palácio de Rector, agora um museu de história. Pavimentado com pedra calcária, o Stradun (ou Placa) é um passeio público repleto de lojas e restaurantes.
sexta-feira, 17 de maio de 2024
LUGARES
FLORIANÓPOLIS - SC
Ribeirão da Ilha é um distrito da cidade de Florianópolis, capital do Estado brasileiro de Santa Catarina. Foi criado por Alvará Régio datado de 11 de julho de 1809. Ali se encontra o ponto culminante da Ilha de Santa Catarina: o Morro do Ribeirão com 532 m de altitude. Wikipédia
quinta-feira, 16 de maio de 2024
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