Foto: O Pioneiro |
Carrego comigo uma saborosa recordação daquele restaurante onde, no intervalo do meio da manhã, eu ia com uns trocados comprar um ou dois croquetes de carne, jamais superados em qualquer lugar por onde eu tenha passado.
Certa manhã de primavera, cheguei cedo ao colégio, não no afã de estudar, mas de jogar bola com os outros colegas, o que sempre fazíamos até ouvirmos o toque do sino anunciando que todos deviam compor as filas para ingressar nas salas de aula.
Naquela manhã notei que havia um senhor sentado nos degraus próximos do portão da escola. Quando dele me aproximei ele perguntou se aquela grande construção era um hotel ou um hospital, ao mesmo tempo em que apontava para a casa do Sr. Julio Eberle. A casa despontava imponente por entre as árvores da Chácara Eberle.
Respondi que não era hospital e nem hotel, mas sim a residência do dono daquela empresa, apontando para o conjunto de prédios que formavam a Metalúrgica Abramo Eberle.
O homem, muito simples por sinal, ficou surpreso com a minha informação e comentou:
- Mas então ele deve ter uns dez ou doze filhos.
Respondi não saber ao certo, mas era dois ou três, no máximo.
Então veio o comentário daquele senhor, o que gratificou o meu dia:
- Mas ah rato véio, seu!
(*) http://pioneiro.clicrbs.com.br/rs/geral/cidades/noticia/2018/07/memoria-restaurante-da-exposicao-na-rua-alfredo-chaves-em-1954-10395345.html
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