sexta-feira, 22 de novembro de 2024
LUGARES
quinta-feira, 21 de novembro de 2024
LUGARES
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
O ALEMÃO E SEUS PASTORES
Adestrados, suponho, os cães seguravam as argolas de couro com a boca enquanto o alemão se segurava naquele bastão. Os três nadavam mar aberto. Não saberia dizer o quão longe eles iam e nem o tempo de permanência na água. Retornavam da mesma forma.
LUGARES
terça-feira, 19 de novembro de 2024
segunda-feira, 18 de novembro de 2024
BRASIL E O BRICS
domingo, 17 de novembro de 2024
ASTRONAUTA EM SALAMANCA
LUGARES
sábado, 16 de novembro de 2024
ROMANCE FORENSE
LUGARES
sexta-feira, 15 de novembro de 2024
LUGARES
quinta-feira, 14 de novembro de 2024
LUGARES
quarta-feira, 13 de novembro de 2024
PROVA ORAL
LUGARES
terça-feira, 12 de novembro de 2024
LUGARES
segunda-feira, 11 de novembro de 2024
TELEFONE DE PAREDE
LUGARES
domingo, 10 de novembro de 2024
FALANDO ESPANHOL
LUGARES
sábado, 9 de novembro de 2024
ROMANCE FORENSE
LUGARES
sexta-feira, 8 de novembro de 2024
LUGARES
quinta-feira, 7 de novembro de 2024
LUGARES
quarta-feira, 6 de novembro de 2024
POLÍTICA DAS ANTIGAS
LUGARES
terça-feira, 5 de novembro de 2024
segunda-feira, 4 de novembro de 2024
COMPLIANCE & BULLYNG
José Horta Manzano
Com curiosidade, tenho notado um fenômeno interessante na importação de palavras. Antigamente, palavras estrangeiras que aportavam na língua eram o mais das vezes traduzidas ou adaptadas. Se a tradução ao pé da letra fosse impossível, criava-se expressão equivalente. De meio século pra cá, essa prática feneceu. Termos forasteiros são enfiados em nosso léxico tal e qual, com casca e tudo.
Um exemplo de como se fazia antigamente é aeromoça ‒ quer termo mais poético? Foi criação genial, que deixa no chinelo hospedeira e comissária de bordo. A expressão soa bem, é fácil de pronunciar e dá o recado direitinho.
Bem depois das primeiras aeromoças, quando grandes centros de compras apareceram no Brasil, a preguiça já estava instalada. O primeiro shopping center foi chamado de… shopping center. Em outras terras menos resignadas, a expressão inglesa foi adaptada. Poderíamos, nós também, ter firmado centro comercial, expressão simples, fácil de pronunciar e de sentido evidente. Preferimos guardar o original. Deve parecer mais chique.
Em nossa língua, os adjetivos costumam vir depois do substantivo. Dizemos homem rico e não rico homem, assim como criança inteligente e não inteligente criança. Poucas línguas no mundo seguem esse padrão. Entre as línguas europeias, só conheço as línguas latinas e o polonês.
Assim, nossa tendência é tomar a primeira palavra de uma expressão como a mais importante. Quando expressões inglesas são introduzidas tal e qual em nosso falar, dão origem a reduções curiosas.
Para encurtar shopping center, por exemplo, dizemos shopping. “Vou passear no shopping” (ou no xópi, conforme o gosto). Só que, no original, a palavra importante é center e não shopping. Dizer “Vou passear no shopping” é como se, para abreviar centro de compras, disséssemos “Vou passear no compras”. Peculiar, não? O fenômeno atinge outras expressões importadas com casca e caroço.
Há palavras que chegaram recentemente à língua. Seguindo a tendência atual, não foram traduzidas. O original soa tão chique, não é mesmo? Dependesse de mim, compliance viraria conformidade, que é sua tradução perfeita. Bullying, esse fenômeno que sempre existiu apesar de antes não ter nome específico, dispõe de duas expressões capazes de traduzi-lo: pode-se tanto usar assédio escolar, quanto acosso escolar.
Mas é verdade que expressão vernácula é meio chué. Que vivam os estrangeirismos puros e legítimos!
Fonte: brasildelonge.com