BAURU AO PRATO

Prato tradicional da culinária caxiense, bauru ao prato poderá se tornar patrimônio imaterial. Combinação de carne nobre, presunto, queijo e molho de tomate na chapa é servida como carro-chefe do cardápio de 50 estabelecimentos de Caxias do Sul

A chamada em destaque é a introdução de excelente matéria do jornal O Pioneiro sobre o bauru ao prato.

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Lendo a matéria fiz uma viagem ao passado e lembrei das minhas primeiras experiências degustativas. Acho que fui apresentado ao famoso prato no Petit Fleur, na Avenida Rio Branco. Devido à distância e não dispondo de condução própria, junto com os amigos de sábados à noite, migramos para o Restaurante Danúbio. Depois, pela praticidade, passamos a frequentar a Bomboniere Paris ao sair do Cine Real.

Mas era no Bar A Cigana que a coisa acontecia na maior parte das vezes. Centro da cidade, próximo aos cinemas Central e Guarani. O Bossa atacava na Cigana. Além da gostosura gastronômica, todos se deliciavam com o seu bom humor e a destreza no preparo da iguaria. 

Lamentei a morte prematura do Bossa, justamente no dia em que inaugurou a sua lanchonete junto ao um hotel no bairro São Pelegrino.  Assim, não cheguei a conhecer o seu estabelecimento. Ao menos eu conhecia o seu produto.

Mas conheci outras casas, lamentando profundamente o fechamento de restaurante, cujo nome não recordo e que ficava situado na rua Alfredo Chaves, defronte ao Cosmos Hotel. A especulação imobiliária determinou a sua derrocada.

Também conheci o Restaurante Andréia, comandado pelo Nivaldo. Mas lá eu preferia massa com perdizes, ao tempo que a caça, se não era mais permitida, era tolerada.  

Há quarenta (40) anos residindo em SC, sempre que retorno a Caxias vou em busca de um bauru ao prato, sem encontrar aquela fórmula inicial, bem simples, que nos dias atuais cedeu lugar à sofisticação dos molhos, etc. Tudo sem contar que os queijos já não têm o sabor daqueles de outrora. 

Talvez a idade esteja influenciando o meu paladar.