Fernando Albrecht
No tempo das chamadas vendas, que hoje seriam parecidas com os minimercados de bairro, uma que era muito famoso era a do tio Hugo, um alemão bonachão. Não existia cartão e nem se pagava com cheque, era no caderninho que todos os estabelecimentos comerciais mantinham. Pagava-se no fim do mês ou data aprazada pelo freguês.
Pois foi numa tarde modorrenta dos anos 1950 que um moleque entrou esbaforido no estabelecimento.
– Tio Hugo, a mãe quer um rolo de papel higiênico!
O dono pegou uma daquelas pinças com cabo de vassoura e o tirou do armário alto. O moleque pegou e saiu correndo. Tio Hugo abriu um bocão.
– Peraí! É pra anotar?
O guri já ia longe, ouviu e gritou de volta.
– Nããão! É pra limpar o rabo!
Fonte: https://fernandoalbrecht.blog.br
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