Autodidata é um ignorante por conta própria. (Mario Quintana)
quarta-feira, 31 de maio de 2023
LUGARES
ZURICH - SUÍÇA
A cidade de Zurique, centro bancário e financeiro internacional, fica no extremo norte do lago Zurique, no norte da Suíça. As vias pitorescas do centro de Altstadt (Cidade Antiga), em ambos os lados do rio Limmat, refletem sua história pré-medieval. Calçadões na orla, como o Limmatquai, seguem o rio em direção a Rathaus, a prefeitura da cidade, que data do século XVII. ― Google
PRAZERES DA MELHOR IDADE
Por Ruy Castro
Melhor idade é a puta que te pariu – a melhor idade é de 18 aos 40 anos…
A voz em Congonhas anunciou: "Clientes com necessidades especiais, crianças de colo, melhor idade, gestantes e portadores do cartão tal terão preferência etc.". Num rápido exercício intelectual, concluí que, não tendo necessidades especiais, nem sendo criança de colo, gestante ou portador do dito cartão, só me restava a "melhor idade" – algo entre os 60 anos e a proximidade da morte.
Para os que ainda não chegaram a ela, "melhor idade" é quando você pensa duas vezes antes de se abaixar para pegar o lápis que deixou cair e, se ninguém estiver olhando, chuta-o para debaixo da mesa. Ou, tendo atravessado a rua fora da faixa, arrepende-se no meio do caminho porque o sinal abriu e agora terá de correr para salvar a vida. Ou quando o singelo ato de dar o laço no pé esquerdo do sapato equivale, segundo o João Ubaldo Ribeiro, a uma modalidade olímpica.
Privilégios da "melhor idade" são o ressecamento da pele, a osteoporose, as placas de gordura no coração, a pressão lembrando placar de basquete americano, a falência dos neurônios, as baixas de visão e audição, a falta de ar, a queda de cabelo, a tendência à obesidade e as disfunções sexuais. Ou seja, nós, da "melhor idade", estamos com tudo, e os demais podem ir lamber sabão.
Outra característica da "melhor idade" é a disponibilidade de seus membros para tomar as montanhas de Rivotril, Lexotan e Frontal que seus médicos lhes receitam e depois não conseguem retirar.
Outro dia, bem cedo, um jovem casal cruzou comigo no Leblon. Talvez vendo em mim um pterodáctilo(que têm os dedos ligados por uma membrana) da clássica boemia carioca, o rapaz perguntou: "Voltando da farra, Ruy?". Respondi, eufórico: "Que nada!
Estou voltando da farmácia!". E esta, de fato, é uma grande vantagem da "melhor idade": você extrai prazer de qualquer lugar a que ainda consiga ir.
Primeiro, a aposentadoria é pouca, quase uma esmola, e você tem que continuar a trabalhar para melhorar as coisas. Depois vem a condução.
Você fica exposto no ponto do ônibus com o braço levantado esperando que algum motorista de ônibus te veja e por caridade pare o veículo e espere pacientemente você subir antes de arrancar com rapidez como costumam fazer.
No outro dia entrei no ônibus e fui dizendo: – "Sou deficiente".
O motorista me olhou de cima em baixo e perguntou: – "Que deficiência você tem?"
– "Sou broxa!"
Ele deu uma gargalhada e eu entrei.
Logo apareceu alguém para me indicar um remédio. Algumas mulheres curiosas ficaram me olhando e rindo…
Eu disse bem baixinho para uma delas:
– "Uma mentirinha que me economizou R$ 3,00, não fica triste não", foi só para viajar de graça.
Bem… fui até a pedra do Arpoador ver o por do sol.
Subi na pedra e pensei em cumprir o ritual que costuma ser feito pelos mais jovens no local. Logicamente velho tem mais dificuldade. Querem saber?
Primeiro, tem sempre alguém que quer te ajudar a subir: "Dá a mão aqui, senhor!!!"
Hum, dá a mão é o cacete, penso, mas o que sai é um risinho meio sem graça.
Sentar na pedra e olhar a paisagem era tudo o que eu queria naquele momento.
É, mas a pedra é dura e velho já perdeu a bunda e quando senta sente os ossos em cima da pedra, o que me faz ter que trocar de posição a toda hora.
Para ver a paisagem não pode deixar de levar os óculos se não, nada vê.
Resolvo ficar de pé para economizar os ossos da bunda e logo passa um idiota e diz:
– "O senhor está muito na beira pode ter uma tontura e cair."
Resmungo entre dentes: … "só se cair em cima da sua mãe"… mas, dou um risinho e digo que esta tudo bem.
Esta titica deste sol esta demorando a descer, então eu é que vou descer, meus pés já estão doendo e nada do por do sol.
Vou pensando – enquanto desço e o sol não – "Volto de metrô é mais rápido…"
Já no metrô, me encaminho para a roleta dos idosos, e lá esta um puto de um guarda que fez curso, sei eu em que faculdade, que tem um olho crítico de consegue saber a idade de todo mundo.
Olha sério para mim, segura a roleta e diz:
– "O senhor não tem 65 anos, tem que pagar a passagem."
A esta altura do campeonato eu já me sinto com 90, mas quando ele me reconhece mais moço, me irrompe um fio de alegria e vou todo serelepe comprar o ingresso.
Com os pés doendo fico em pé, já nem lembro do sol, se baixou ou não dane-se. Só quero chegar em casa e tirar os sapatos…
Lá estou eu mergulhado em meus profundos pensamentos, uma ligeira dor de barriga se aconchega… Durante o trajeto não fui suficientemente rápido para sentar nos lugares que esvaziavam…
Desisti… lá pelo centro da cidade, eu me segurando, dei de olhos com uma menina de uns 25 anos que me encarava… Me senti o máximo.
Me aprumei todo, estufei o peito, fiz força no braço para o bíceps crescer e a pelanca ficar mais rígida, fiquei uns 3 dias mais jovem.
Quando já contente, pelo menos com o flerte, ela ameaçou falar alguma coisa, meu coração palpitou.
É agora…
Joguei um olhar 32 (aquele olhar de Zé Bonitinho) ela pegou na minha mão e disse:
– "O senhor não quer sentar? Me parece tão cansado?"
Melhor Idade ??? – Melhor idade é a puta que te pariu !
Ruy Castro é escritor e jornalista, trabalhou nos jornais e nas revistas mais importantes do Rio e de São Paulo. Considerado um dos maiores biógrafos brasileiros, escreveu sobre Nelson Rodrigues, Garrincha e Carmen Miranda.
Fonte: O Jornal do Estado
terça-feira, 30 de maio de 2023
FAMÍLIA E PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA
Por Meraldo Zisman
A prevenção da violência não pode se limitar ao ambiente familiar, mas deve ser abordada de maneira ampla e integrada, considerando também as questões psicossociais e estruturais. Embora a família desempenhe um papel fundamental nesse processo, é igualmente importante investir em políticas públicas e ações sociais que promovam a igualdade, a justiça e a segurança para todos os indivíduos. Ao enfatizar a importância da família na prevenção da violência, devemos destacar que as crianças são influenciadas pelos valores e comportamentos transmitidos pelos pais.
Portanto, fortalecer os vínculos familiares é essencial para prevenir a violência. Isso implica em criar um ambiente seguro, amoroso e respeitoso, onde os membros da família se comuniquem de maneira saudável e busquem soluções pacíficas para os possíveis conflitos. A educação promovida pela família também desempenha um papel crucial nesse processo, ao estimular sentimentos de compaixão, compreensão e solidariedade, ensinando valores de respeito pelos outros.
Além disso, é fundamental estabelecer uma cultura de não violência por meio do estabelecimento de “circuitos interativos” que ampliem o campo de reflexão, alternativas e comportamentos cordiais entre as pessoas, o que significa incentivar o diálogo, a negociação e a busca por soluções pacíficas, em vez de recorrer à violência física ou verbal.
Os pais ou seus substitutos devem ser exemplos de comportamento não violento, evitando agressões físicas ou verbais aos filhos e também em suas interações com outras pessoas. Se os pais exigem que educadores e cuidadores usem métodos não violentos para estabelecer limites, eles próprios devem adotar essas práticas em casa. É importante lembrar que a violência não é inata, mas aprendida no processo de socialização. Portanto, é essencial construir uma mentalidade que rejeite a violência como forma de solução de problemas.
Devemos promover formas não violentas de disciplina, como a reflexão sobre o comportamento, a restrição temporária de atividades prazerosas ou a negociação de acordos.
No entanto, para abordar adequadamente o problema da violência, é necessário também investir em políticas públicas e ações que promovam a igualdade, a justiça e a segurança para todos os membros da sociedade. Somente através dessa abordagem ampla e integrada poderemos criar uma sociedade mais segura e harmoniosa.
Lembrar: uma criança reproduz o que vive; se você usa a violência para educar, ela crescerá violenta, independente das condições ambientais.
_____________________________
Meraldo Zisman – Médico, psicoterapeuta. É um dos primeiros neonatologistas brasileiros. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha). Vive no Recife (PE). Imortal, pela Academia Recifense de Letras, da Cadeira de número 20, cujo patrono é o escritor Alvaro Ferraz.
Fonte: https://www.chumbogordo.com.br
ROMANCE FORENSE
Charge de Gerson Kauer |
Processo, não! É muito chato...
Por Ramon von Berg, advogado (OAB-RS nº 3.344)
Ruy Armando Gessinger era um jovem juiz recém empossado no
cargo, nos anos 70, quando – numa comarca bem interiorana no RS - enfrentou uma
demanda com desfecho sui generis, que marcaria para sempre a sua carreira de
magistrado sempre assíduo nos fóruns e afável no trato com a advocacia.
Tratava- se de uma audiência num simples pedido de pensão
pelo abandono da esposa.
Chamadas as partes, o juiz informou ao varão – homem de
poucas luzes - sobre suas obrigações, que foram rechaçadas pelo marido.
Seguiu-se então o diálogo:
- Então vou ter que mandar prendê-lo.
- Pois o senhor pode fazer, doutor, pois cadeia é lugar de
macho!
Houve, em seguida, um silêncio constrangedor, até o juiz
tirar da algibeira uma alternativa:
- Então vou lhe tocar um processo!...
Ao que respondeu o inadimplente:
- Por favor, doutor, isso não. Processo eu não quero, pois é
muito chato. Então o senhor me diga quanto eu tenho que pagar pra minha
ex-mulher, que eu pago. Mas por favor, processo não!
E houve, então, o acordo.
Talvez naquela época o réu já tivesse noção da chatice
burocrática que é um processo! Imaginem o que ele diria agora, em pleno 2015...
Fonte: www.espacovital.com.br
segunda-feira, 29 de maio de 2023
MATRÍCULAS EM QUEDA: ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL É URGENTE
Maria Angélica Minhoto
Pedro Arantes
Pedro Arantes
Soraya Smaili
Sem política de permanência consistente, ensino superior seguirá em colapso
O Brasil vive um colapso das matrículas no ensino superior e os números de abandono de curso (evasão) são os maiores da história, como já discutimos em artigo anterior neste blog. No setor privado, os motivos são a falta de capacidade de pagamento dos estudantes e a redução do programa de subsídio criados nos governos Lula e Dilma, o Fies. No setor público, depois de um crescimento contínuo de matrículas desde o início dos anos 2000, começamos a perder alunos e matrículas desde 2017. Em 2021, 97 mil estudantes a menos se matricularam nas universidades públicas se compararmos a 2017, segundo dados do Censo da Educação. A cada ano menos estudantes se matriculam, vagas ficam ociosas, em Universidades gratuitas e de boa qualidade – lembremos que em todas as classificações e rankings, as Universidades públicas têm desempenho expressivamente superior às privadas.
O que está ocorrendo para que vagas públicas, gratuitas e de qualidade não sejam ocupadas?
Os motivos são diversos, mas vamos discutir neste artigo a crise da chamada "assistência estudantil". A finalidade da Política de Assistência Estudantil é proporcionar condições de acolhimento, inclusão, permanência e conclusão aos estudantes matriculados, minimizando efeitos de desigualdades regionais, de renda, de escolaridade, étnico-raciais, culturais, sociais, entre outras. Com isso, visam promover experiências significativas e de qualidade no ambiente acadêmico para todas as pessoas.
Com a recente expansão das Instituições Públicas de Educação Superior estudantes diversos têm chegado às Universidades. Parte desses jovens não dispõe de recursos suficientes para alcançar seus objetivos, o que demanda das instituições medidas que garantam a todos o direito de permanecer e concluir o curso escolhido, assim como um bom aproveitamento dessa experiência.
Proporcionar o acesso à Universidade foi apenas o passo inicial para democratizar a Educação Superior - com a ampliação de vagas, do número de instituições e a política de cotas. Mas esse passo sozinho não basta. É fundamental aos ingressantes terem condições de permanecer de forma saudável e plena. Isso implica em moradia, alimentação, transporte, saúde, inclusão digital, acesso à cultura, ao esporte, ao apoio pedagógico, assim como a inclusão, participação e aprendizagem de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades. São ações que reduzem as taxas de reprovação e de evasão nas Universidades.
Para isso, é imprescindível que as instituições de ensino disponham de programas de permanência para avaliar as diferentes necessidades e atuar para supri-las. Sem dúvida, essas ações se revertem em benefício dos estudantes atendidos, mas não apenas. Elas reverberam também para toda a sociedade brasileira, que passa a contar com cidadãos e profissionais bem formados e prontos a contribuir com o desenvolvimento social e econômico da nação.
Nesse sentido, são condições fundamentais para promover cidadania e auxiliar a reparar a histórica ausência de grupos tradicionalmente excluídos do nível superior de ensino. O enfrentamento desses desafios se torna realidade quando são assumidos de forma genuína e coletiva. E é evidente que isso exige recursos e, para as instituições públicas, uma dotação orçamentária perene e estável.
No início da expansão da federais, com o Reuni, as Universidades Federais contaram com recursos crescentes do governo federal para o custeio da permanência estudantil, através do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), como se pode verificar no gráfico abaixo. A partir de 2017, no entanto, os montantes caíram, apesar da expansão das vagas, da inclusão de estudantes cotistas e da queda do nível médio de renda dos brasileiros, o que coloca as instituições federais e seus estudantes em uma situação de grande vulnerabilidade.
Em 2020, o país foi assolado pela pandemia da Covid-19. Muitas instituições suspenderam as suas atividades presenciais, para garantir o isolamento social como forma de prevenção, e readequaram o calendário acadêmico com atividades em ensino remoto. Os desafios para permanência estudantil no período foram imensos, foi preciso aportar pelo menos um pouco mais de recursos para garantir aos estudantes de todo o país o acesso à internet. Nas Universidades federais isso ocorreu, como mostra o gráfico.
Essas Universidades tiveram que formular ações emergenciais, em meio à queda de recursos orçamentários próprios de investimento e custeio e aos ataques do então governo federal, para evitar a evasão, minimizar os efeitos das desigualdades sociais, raciais e de gênero, promover e prevenir agravos à saúde mental e garantir acessibilidade e inclusão digital aos estudantes.
Foi um período que exigiu muitos esforços para a permanência de estudantes, mas o pós-pandemia tem sido igualmente desafiador, pois além da queda pronunciada dos recursos do PNAES, vem apresentando novas demandas que exigem aperfeiçoamentos da política de permanência. Será necessário reconhecer as novas necessidades e as variáveis que têm interferido negativamente na presença estudantil na Universidade. Porém, para que sejam avaliadas de maneira justa e passem por melhorias, é imprescindível contar com a participação ativa dos beneficiários da assistência nessa remodelação.
É preciso continuar a garantir a presença da diversidade no interior das universidades, que tem proporcionado a elevação da qualidade da formação e da produção acadêmica de todos, por trazer questionamentos e propostas de novas epistemologias, novos problemas e compreensões sobre os fenômenos existentes. Nessa perspectiva, refletir sobre a permanência estudantil é pensar sobre os novos rumos possíveis para as Universidades, bem como a sua responsabilidade em atuar para enfrentar as históricas desigualdades de nosso país. É preciso recompor e expandir com urgência a política de permanência estudantil para reverter o colapso de matrículas. O Brasil não pode perder uma geração sem acesso às Universidades – no momento em que mais precisamos preparar uma juventude para reconstruir nosso país.
Fonte: Folha de S. Paulo
LUGARES
SAN MARINO
(Piazza della Libertà)
San Marino é uma micronação montanhosa cercada pela região centro-norte da Itália. O país está entre as repúblicas mais antigas do mundo e mantém boa parte da sua arquitetura histórica. A capital, também chamada de San Marino, fica na encosta do Monte Titano e é conhecida por sua cidade antiga medieval fortificada e pelas estreitas ruas de paralelepípedos. As Três Torres, cidadelas que parecem castelos e datam do século XI, ficam no alto dos picos do Monte Titano, localizado nas proximidades. ― Google
O FIM DO NOME
Fabrício Carpinejar
O amor assassina o nome próprio.
Você perderá o seu nome. Lentamente. Indubitavelmente. A
ponto dele virar uma ofensa.
Puxo discussão com a mulher quando ela me chama de Fabrício.
Declaro guerra na hora. E não diminuo a ofensiva mesmo quando ela me responde o
óbvio, que está me chamando pelo meu nome.
É que me acostumei com os apelidos, diminutivos,
aumentativos, em ser nomeado de Paixão, Gostoso e Delícia, que não supero a
regressão. O nome acaba sendo a denúncia de que fiz algo de errado. O nome é
uma suspeita de que decepcionei. O nome é rebaixamento da intimidade, é atraso,
é greve, é contenda. Traz uma solenidade grave para a conversa, rompe com as
brincadeiras, suspende a informalidade. Em sua cortina sonora, vem a
ancestralidade da mãe e do pai me xingando por alguma coisa que quebrei em
casa. Despertam as vozes de apreensão e de autoridade que moram no nome:
- Fabrícioooooô!
Depois do amor, o nome morre. Foi ferido pelos castigos e
medos no tremor da vida, mas morre somente com a convivência a dois.
Não ouço mais o meu nome esportivamente, à vontade, como
quem descasca bergamota e cospe as sementes pela janela.
O amor destruiu o meu nome, esfacelou o meu nome, corrompeu
o meu nome. Já não posso mais ser Fabrício impunemente. É uma advertência.
Dependo da voz da Linda da minha Vida me adjetivando. Não sou mais substantivo.
Perdi o prazer do eco. Nem fico para o retorno do timbre.
Vou extraviando a importância de escutar alguém me chamando, a alegria de ser
gritado por um colega ao longe. Nem sei como reagiria hoje à lista de chamada
da escola - enfrentaria a professora com um ausente?
O amor termina com as individualidades até que sejamos
anônimos, desaparecendo a vaidade do batismo.
Ou talvez o casamento seja um segundo batismo, onde
recebemos um codinome secreto, um antinome público, para o regozijo particular.
Fonte: Facebook
domingo, 28 de maio de 2023
POR QUE EXISTE LADO CERTO PARA O SACO DE PIPOCAS NO MICROONDAS?
Marcelo Duarte
Conheça curiosidades sobre o alimento que os indígenas da América já comiam antes mesmo de Cristóvão Colombo
A origem exata da pipoca é desconhecida. O que se sabe é que, muito antes do navegador Cristóvão Colombo chegar à América, os indígenas do norte do continente já comiam pipoca.
Eles começaram a fazê-lo com a espiga inteira colocada num espeto e levada ao fogo. Depois, passaram a jogar os grãos soltos diretamente em fogo baixo. Havia um terceiro método, mais sofisticado, que consistia em cozinhar o milho numa panela de barro cheia de areia quente.
Há cerca de 7.000 anos, o milho já era cultivado no Golfo do México. Os astecas usavam a pipoca em diversas cerimônias. As mulheres dançavam usando coroas feitas com o petisco.
Qualquer grão de milho vira pipoca?
A pipoca é feita a partir de um milho que nasce em plantas menores e mais frágeis que as de milho comum. As espécies de milho são avaliadas por um critério chamado "capacidade de expansão", que determina se servem ou não como milho para pipoca.
O grão de pipoca contém cerca de 12% de água em seu interior. A explosão da pipoca nada mais é que a expansão do vapor de água dentro do grão. O amido existente no milho se transforma no floquinho branco que chamamos de pipoca.
Quanto maior a capacidade de expansão, mais grãos estouram e mais macia é a pipoca.
Quem inventou esse negócio de comer pipoca no cinema?
Por volta de 1840, a pipoca começou a ser vendida em feiras, festivais e comícios nos Estados Unidos. A primeira máquina portátil de fazer pipoca foi inventada em 1885. Por isso, onde havia aglomerações de pessoas, havia vendedores de pipoca —como ainda é até hoje.
No início da década de 1910, os vendedores de pipoca, em busca de mais um mercado, passaram a estacionar seus carrinhos na porta dos sofisticados cinemas. No começo, os donos dos cinemas tinham horror à pipoca por causa da sujeira deixada nas salas, do forte cheiro da pipoca e da associação do petisco com programas populares.
Não demorou muito para que os cinemas percebessem que a pipoca era um negócio lucrativo. Em 1925, o americano Charles Manley criou a primeira máquina elétrica de fazer pipoca.
Alguns anos depois, com os Estados Unidos mergulhados na Grande Depressão,a pipoca era a guloseima que o consumidor ainda conseguia pagar. Os cinemas instalaram as máquinas de Manley dentro dos estabelecimentos e as vendas deslancharam, iniciando-se assim a tradição.
Os lucros com a pipoca tornaram possível a redução dos preços dos ingressos, consagrando o cinema como um entretenimento acessível para a maioria dos americanos. Não é mais assim...
Por que existe o lado certo para colocar o saco de pipocas no microondas?
Os fabricantes do produto explicam que o milho e a gordura são depositados em uma das faces da embalagem, em cima de um dispositivo chamado susceptor. Trata-se de um quadrado que tem laminação de alumínio e poliéster.
Essa parte da embalagem deve ficar para baixo, para que os grãos de milho fiquem sobre ela. Assim, quando o forno emite as microondas, elas se deparam com o susceptor, são refletidas pelo alumínio e voltam para dentro do pacote, promovendo uma concentração de calor que faz com que a pipoca estoure.
Só mais uma pergunta para terminar: por que o jogador que foge das disputas de bola é chamado de "pipoqueiro"?
Porque ele pula fora —feito pipoca— quando o adversário faz uma jogada mais dura ou parte para uma dividida.
Fonte: Folha de S.Paulo
A IMOBILIDADE DA MORTE
Nos tempos em que a televisão ainda não tinha a mobilidade de hoje, o rádio marcava presença constante no que se passava nas ruas da cidade. E também fazia promoções para envolver a comunidade. De preferência, com patrocínios de empresas com foco na casa e na cozinha. Um deles era o “Feijão Alfredinho vai à sua casa”, da Rádio Farroupilha – a marca existe até hoje.
O âncora era o radialista Rubens Pinto, que fazia às visitas que o nome do programa já esclarece usando o vozeirão em altos decibéis como era costume. A emissora pertencia ao poderoso grupo Diários e Emissoras Associadas, e ostentava orgulhosa o prefixo PRH 2.
Numa dessas incursões a residências sorteadas, cedo de manhã a viatura da Farroupilha passou pela esquina da Venâncio Aires com Lima e Silva. Um grave acidente terminou com um pedestre morto, caído na rua.
Pinto então narrou o acontecido com riqueza de dados e testemunhas. De tarde, Rubens passou pelo mesmo local e o falecido ainda estava caído de bruços na rua. Então Rubens Pinto impostou a voz revestida de gravidade que a sofisticação exigia e contou o causo como o causo foi. E finalizou:
– E lá estava o cadáver, imóvel.
Também tem a história do jornalista que cobria o Palácio Piratini. Meio ruim das letrinhas, vivia passando matéria por telefone para o falecido jornal Diário de Notícias.
Um dia, o chefe estrilou e mandou que ele batesse a matéria na redação. Sentado na máquina de escrever, perguntou ao editor se hospício era com H. Claro que leva, bufou o chefe. No outro dia saiu essa.
– Sob os hauspícios da Primeira Dama do Estado….
Fonte: https://fernandoalbrecht.blog.br
LUGARES
EPAGNY - SUÍÇA
Gruyères é uma comuna da Suíça, no Cantão Friburgo, com cerca de 1.608 habitantes. Estende-se por uma área de 28,39 km², de densidade populacional de 73 hab/km². Inclui as seguintes comunas: Bas-Intyamon, Broc, Bulle, Charmey, Haut-Intyamon, La Tour-de-Trême, Le Pâquier, Semsales, Vaulruz, Vuadens. Wikipédia
O DOLO E O DÓLAR
Ruy Castro
A hesitação é perceptível em muitos deputados. Em meio a um tórrido discurso ao microfone da Câmara, veem-se obrigados a usar a palavra "dolo" – e Deus sabe a frequência com que ela tem sido exigida ultimamente. O deputado empaca na primeira consoante. O "d" fica pendurado no ar, como se pedisse socorro à vogal que o segue, implorando para que esta resolva por conta própria a maneira correta de ser pronunciada: "dólo" ou "dôlo"?
Nenhum dos doutos parlamentares tem dúvida quanto ao significado da palavra. Segundo os dicionários, procede com dolo quem pratica qualquer ato consciente de má fé, artifício, burla, logro, malícia, chicana, fraude, manha, trapaça, treta e astúcia que conduza a erro, deslize, desvio, maquinação, complô, conluio, conjura, consórcio, conchavo, manobra ou ação criminosa. Enfim, todo o lauto menu de que a oposição – também especialista na dita prática – acusa o governo a partir de milhares de provas levantadas em investigações públicas. O problema é quando se chega à palavra "dolo".
Ao estacar na primeira letra, e incapaz de decidir-se sobre como continuar, Sua Excelência desprende um pigarro, amarfanha papéis ou fala longe do microfone, para disfarçar que está emitindo um som híbrido, entre aberto e fechado, e que tanto pode soar como "dólo" ou como "dôlo". Sua preocupação não é com os colegas de bancada, tão humanos e falíveis quanto ele, mas com os milhares de telespectadores para os quais as sessões têm sido transmitidas. Alguns poderão registrar a gafe e tachá-lo de ignorante.
Para dirimir qualquer dúvida quanto ao uso futuro da palavra, a pronúncia certa é "dólo", com o ó aberto.
E, para evitar uma possível traição da memória, sugiro um pequeno exercício mnemônico. Dolo soa como dólar. Moeda, aliás, em que ele costuma ser avaliado.
Fonte: Folha de S.Paulo - 13/04/2016
sábado, 27 de maio de 2023
OS PEIXE
by Kleber Sales/CB/D.A Press |
José Horta Manzano
Alguns anos atrás, o Ministério da Educação deu seu aval a uma publicação que reconhecia frases do tipo «os menino pega os peixe» como adequadas em certos contextos. Foi um deus nos acuda. Baldes de tinta foram gastos em aplausos entusiasmados e reclamações indignadas. Embora já não provoque tanto alvoroço, o assunto ressurge de tempo em tempo.
Na época, houve quem entendesse que o ensino da língua portuguesa, com a anuência do MEC, acelerava sua descida aos infernos. Artigos inflamados brotaram da pluma daqueles que, tendo-se esfalfado para aperfeiçoar seu conhecimento da língua, sentiam-se frustrados como se o esforço tivesse sido vão. Com que então, todo esse sacrifício não vale mais que dez réis de mel coado?
Houve quem aplaudisse a boa-nova. Afinal, já era hora de oficializar a existência de uma língua brasileira, distinta da matriz lusa. Muitos exultaram ao ver abolidos os grilhões que nos prendem a normas gramaticais exógenas. Ouviu-se, nas entrelinhas de alguns artigos, um grito de independência definitiva, eco e epílogo do brado de 1822.
Vejo exagero nos dois campos. Não é certo enxergar, nesse episódio, nem o prenúncio do banimento do português dito culto, nem a acessão da fala popular ao status de língua oficial. Quando há impasse, o bom-senso manda dar uma espiada no quintal de quem já enfrentou o mesmo problema. Por que reinventar a roda? Se uma solução dada funcionou lá, periga funcionar aqui também.
Qualquer conhecedor da língua alemã pode visitar qualquer lugarejo alemão, do Mar Báltico à Bavária, sem encontrar problema em se fazer entender. O mesmo fenômeno se repete na Itália, das Dolomitas até a ponta da Sicília. Nosso viajante constatará idêntica situação na Grã-Bretanha, na França, na Espanha e em inúmeros outros países. Imaginará até que isso é natural, que foi sempre assim. Pois equivoca-se.
Os falares regionais estão longe de desaparecer. A língua materna de um bávaro não é a mesma de um brandeburguês, embora os dois sejam alemães. A prosa coloquial de um siciliano não é a de um vêneto, não obstante serem ambos italianos. Um catalão, em família ou entre amigos, não usa o mesmo falar de um asturiano nas mesmas condições. Como é possível?
Faz tempo que esse fenômeno é estudado. Uma nação composta de populações que utilizam falares variados tem de recorrer a uma Dachsprache, uma língua-teto. Assim, numerosos povos vivem num universo até certo ponto bilíngue. No Brasil, vivemos uma situação esquizofrênica, uma diglossia em que as variantes populares são desvalorizadas, estigmatizadas, negadas até.
Imbuída do nobre objetivo de pacificar e unificar nosso imenso território, a autoridade central – imperial primeiro, republicana em seguida – usou de seu poder para atrofiar os falares regionais, chegando a negar-lhes a existência, a fim de sufocar no nascedouro quaisquer veleidades de regionalismos independentistas.
Fazia sentido. Politicamente, foi sucesso total. A América Portuguesa não se fragmentou, e faz quase um século que nosso país não é palco de conflitos separatistas. Mas essa história gerou um efeito colateral. Todo brasileiro aprendeu, desde criança, esta verdade incontestável: o Brasil não tem dialetos – afirmação ousada que acabou por criar em nós todos uma insegurança linguística. A doutrina oficial afirma que temos uma só língua. Ora, eu não falo como está escrito nos livros, portanto… eu falo errado! Todos os brasileiros sofrem desse complexo de «falar errado». Mas estão enganados.
Nenhum de nós jamais erra ao usar a própria língua materna, aquela que aprendeu desde criança, utilizada por seu grupo social. Se a palavra dialeto pode chocar, utilizemos o termo variante. O Brasil tem, sim, dezenas de variantes linguísticas que podem até, em casos extremos, dificultar a intercompreensão. É tolice abordar esse tema sob um viés nacionalista. Justamente por causa dessa grande variedade de falares, nós brasileiros temos necessidade absoluta de uma língua-teto estável e normatizada.
Cabe às autoridades encarregadas da instrução pública dissipar falsas crenças. A elas compete fazer que os brasileiros entendam que não «falam errado». Mas a elas cabe sobretudo ensinar a norma culta e esclarecer que tal aprendizado, longe de ser ato de submissão a uma remota ex-metrópole, é a chave da intercomunicação entre todos os compatriotas. A elas cumpre também incentivar a preservação e a valorização das variantes regionais.
Informalmente, «os menino pode pegar tudo os peixe». Na hora de escrever, convém saber que os meninos pegam os peixes. Cai melhor.
Fonte: https://brasildelonge.com
LUGARES
BELLUNO - ITÁLIA
Piazza Martiri
Belluno é uma comuna italiana da região do Vêneto, província de Belluno, com cerca de 36.112 habitantes. Estende-se por uma área de 147,18 km², tendo uma densidade populacional de 238 hab/km². Faz fronteira com Mel, Limana, Longarone, Ponte nelle Alpi, Sedico, Sospirolo, Vittorio Veneto. Wikipédia
FONTES MURMURANTES
Carlos Heitor Cony
Não se trata de uma referência às fontes murmurantes cantadas por Ary Barroso em sua "Aquarela do Brasil". As fontes em questão são outras, estão atualmente em debate nos meios jornalísticos e legais: o direito de proteger o sigilo das "fontes".
Contrariando a maioria, diria até a unanimidade dos colegas de ofício, sou contra este tipo de sigilo e, sobretudo, contra as fontes em causa. Tenho alguns anos de estrada, mais do que pretendia e merecia, e em minha vida profissional nunca levei em consideração qualquer tipo de informação que não fosse assumida pelo informante.
Evidente que fui mais furado do que um ralador de coco. Mas não fiz minha carreira no jornalismo na base de furos, que nunca os dei e nunca os levei a sério, uma vez que a maioria dos furos são, por natureza, furados.
O sigilo da fontes beneficia as fontes, e não o jornalista, que geralmente é manipulado na medida em que aceita e divulga as informações obtidas com a garantia do próprio sigilo. São fontes realmente murmurantes, que transmitem os murmúrios, as especulações e as jogadas inconfessáveis dos interessados, que são os próprios informantes.
Digo "inconfessáveis" por um motivo óbvio: se fossem confessáveis, as fontes não pediriam sigilo, confessariam o que sabem ou supõem, assumindo a responsabilidade pela informação.
Os defensores do sigilo das fontes se justificam com o dever de informar a sociedade, como se esse dever fosse a tábua da lei, o mandamento supremo acima de qualquer outro mandamento ou lei. No fundo, aquela velha máxima de que o fim justifica os meios, pedra angular em que se baseou a Inquisição medieval e todos os movimentos totalitários que desgraçaram a humanidade.
Fonte: Folha de S. Paulo - 06/12/2005
sexta-feira, 26 de maio de 2023
DIFERENÇA ENTRE AUTORIDADE E AUTORITARISMO
Como evitar o autoritarismo e promover a autonomia dos filhos
Muitas vezes, nos pegamos na dúvida se estamos sendo autoritários ou se estamos promovendo a autonomia dos nossos filhos.
É uma questão delicada que precisa ser equilibrada para garantir um bom desenvolvimento para eles. Neste texto, vou compartilhar algumas dicas e experiências para evitar o autoritarismo e promover a autonomia dos filhos. Então, vamos lá!
Diferença entre autoridade e autoritarismo
O termo “autoridade” é frequentemente confundido com “autoritarismo”, mas na realidade são conceitos bastante distintos. Vejamos:
Autoridade diz respeito à habilidade de tomar decisões importantes e influenciar outras pessoas de maneira positiva. É algo que pode ser construído ao longo do tempo, por meio do estabelecimento de confiança, respeito e admiração.
Um professor respeitado e admirado pelos alunos, que os incentiva a aprender e pensar de forma independente, é um exemplo de autoridade. Ele os incentiva a aprender e pensar de forma independente, sem recorrer a táticas punitivas para mantê-los sob controle.
Por outro lado, autoritarismo é a imposição de regras e controle excessivos e opressivos, muitas vezes sem qualquer justificativa racional ou moral.
Um exemplo de autoritarismo pode ser um pai que impõe regras arbitrárias e extremas aos seus filhos, sem dar a eles a oportunidade de se expressar ou de tomar suas próprias decisões.
É essencial compreender essa distinção e buscar desenvolver a autoridade em vez de recorrer ao autoritarismo, a fim de estabelecer um ambiente saudável e positivo.
O autoritarismo pode ter impactos significativos na autonomia dos filhos. Abaixo estão alguns efeitos negativos que podem ocorrer:Quando os pais são muito controladores e dominantes em relação à vida dos filhos, eles podem ter dificuldade em tomar decisões e assumir responsabilidades.A imposição constante de regras e restrições rígidas pelos pais pode atrapalhar a capacidade dos filhos de lidar com situações difíceis e resolver problemas por conta própria.Geração de dependência emocional dos pais, afetando negativamente a autoconfiança e a autoestima dos filhos.
Para evitar esses efeitos negativos, é importante que os pais incentivem a autonomia dos filhos. Isso pode ser feito por meio das seguintes ações: Permitindo que eles tenham espaço para tomar decisões e assumir responsabilidades - Oferecendo apoio e orientação, mas sem impor regras rígidas - Encorajando a resolução independente de problemas e a tomada de decisões
Ao adotar essas práticas, os pais podem ajudar seus filhos a desenvolver habilidades importantes para a vida adulta, como a capacidade de lidar com o fracasso e a frustração, de trabalhar em equipe e de buscar soluções criativaspara os desafios que enfrentam.
Dicas práticas para evitar o autoritarismo e promover a autonomia
Para evitar o autoritarismo e promover a autonomia dos filhos, existem algumas dicas práticas que os pais podem seguir. Abaixo estão algumas delas:
1 – Encoraje a tomada de decisões: é importante que os filhos sintam que suas opiniões são valorizadas e que tenham espaço para tomar decisões, mesmo que pequenas.
2 – Dê espaço para que os filhos expressem seus sentimentos: permitir que eles falem sobre seus sentimentos pode ajudar a desenvolver a capacidade de comunicação e a construir um relacionamento de confiança entre pais e filhos.
3 – Ofereça opções: oferecer opções pode ajudar a promover a independência dos filhos e permitir que eles assumam responsabilidades.
4 – Pratique a escuta ativa: ouvir atentamente e com interesse o que os filhos têm a dizer pode ajudar a entender suas necessidades e ajudá-los a resolver problemas.
5 – Evite a imposição de regras excessivamente rígidas: estabelecer regras é importante, mas elas devem ser flexíveis o suficiente para permitir que os filhos aprendam a lidar com situações desafiadoras.
Promovendo a independência e a responsabilidade dos filhos de maneira gradual e positiva
Para promover a independência e a responsabilidade dos filhos de maneira gradual e positiva, os pais podem adotar algumas estratégias importantes. Veja algumas delas:Delegar tarefas conforme a idade dos filhos: é importante que as crianças aprendam a lidar com responsabilidades desde cedo. Delegue tarefas simples, como arrumar a cama ou ajudar na cozinha, e, à medida que a criança cresce, aumentar a complexidade das tarefas.Incentivar a tomada de decisões: dar aos filhos a oportunidade de tomar decisões é essencial para o desenvolvimento da autonomia. Ofereça opções simples em situações cotidianas e permita que a criança escolha. Dar espaço para que os filhos cometam erros: errar é uma parte importante do processo de aprendizagem e desenvolvimento da responsabilidade. Permita que seus filhos cometam erros e aprendam com eles, sem puni-los ou criticá-los severamente.
Em resumo, evitar o autoritarismo e promover a autonomia dos filhos é um processo contínuo que exige paciência, diálogo e uma postura equilibrada dos pais.
É importante lembrar que, ao permitir que os filhos tomem decisões por si mesmos e promover sua independência e responsabilidade, estamos preparando-os para enfrentar os desafios do mundo de forma mais segura e confiante.
Fonte: Facebook_Papo de Pai
Assinar:
Postagens (Atom)