Fernando Albrecht
Quando o governo de Portugal devolveu ao Brasil os restos mortais do Imperador D. Pedro I, aqui se resolveu fazer uma peregrinação sentimental para que o povo pudesse reverenciar a figura tão ilustre da nossa história. E as cinzas de D. Pedro I, transportadas em um avião da FAB, devidamente acondicionadas numa bela urna funerária, passaram pelas principais capitais do país, onde o povo respeitosamente fazia fila para vê-las.
Quando chegou a vez de Porto Alegre, uma emissora de rádio resolveu transmitir o acontecimento. E o locutor designado para narrar a chegada da urna na Base Aérea de Gravataí, repetia constantemente:
– Os restos mortais de Dom Pedro I… Mais um pouquinho de conversa e lá vinha de novo ele.
– Os restos mortais de Dom Pedro I… Lá pelas tantas, o produtor do programa chamou a atenção do locutor.
– Olha, estás repetindo muito estes restos mortais. Vê se usa um sinônimo.
Ele achou.
– Transmitindo aqui da Base Aérea a chegada dos destroços de Dom Pedro I… (Extraído do livro "Histórias do Rádio Heroico", de Rubens Wagner, gentileza de Antônio Goulart).
Fonte: https://fernandoalbrecht.blog.br
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