Todo país tem um emblema outro que a bandeira: a águia na Alemanha, o leão na Inglaterra e o galo na França.
O galo é a figura simbólica mais antiga do país e uma das mais populares.
Se você prestar atenção verá galos para todos os lados.
O mais famoso de todos é o que decora o belo portão de ferro forjado do palácio do Governo, o Palais de l’Élysée. Quando estiver na avenida Champs Élysées, passe por perto para conhecê-lo.
Portão do Palais de l’Élysée
Gosto muito também do discreto galo que decora os lampadários da ponte Alexandre III.
Ponte Alexandre III (foto: Jean Marie David)
No interior da França, encontramos galos sobretudo no alto das torres das igrejas. Neste caso ele é figura simbólica da proteção.
Galo, no alto das torres das igrejas
(foto: Père Igor)
O encontramos também em monumentos importantes como este dedicado aos girondinos na praça Quinconces, em Bordeaux.
Monumento dedicado aos girondinos
em Bordeaux
Ou nos monumentos dedicados aos mortos da primeira guerra mundial.
Galo francês vence a águia alemã
A origem do galo como emblema da França
A origem do galo como emblema dos franceses está ligada ao jogo de palavras entre gallus, o habitante da Gaule (nome da região pré-França), e gallus o animal.
Após a queda do império romano, esta representação dos franceses cai no esquecimento. Mas no século XII ela é retomada pelos ingleses e alemães, inimigos da França. Eles diziam que os reis Louis VII e Philippe Auguste possuíam todos os defeitos do galo: brigão, arrogante e com os pés nos excrementos.
Mas com o passar dos anos, os reis franceses transformaram o termo galo em sinônimo de proteção, de coragem, o veiculando à idéia de monarcas defensores dos seus povos, como o galo no galinheiro.
Louis XIV apreciava este emblema e por isso encontramos galos na galeria dos espelhos do Palácio de Versailles. Já Napoleão o detestava, preferindo as imagens da águia e da abelha.
A verdade é que o galo é o símbolo de uma França rural em vias de desaparecimento e os citadinos não são sensíveis ao seu charme.
Fato curioso, hoje ainda os diplomatas dos outros países, para representarem a França, o utilizam com mais facilidade do que a própria diplomacia francesa. Oficialmente, o galo como emblema está relegado às áreas mais mundanas como, por exemplo, o esporte.
E hoje?
Qual imagem histórica, hoje, poderia representar a França?
O problema está aí. Não existe um outro emblema que seja politicamente correto. Todas as antigas imagens representativas estão relacionadas ou com a monarquia ou com períodos difíceis da história francesa.
Só o rei do galinheiro é neutro e assim ele vai sobrevivendo…
Fonte: conexãoparis.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário