Julio Abramczyk
Nos EUA, novos regulamentos para venda livre são passo importante para aumentar acesso dos idosos ao dispositivo
Um dos resultados do aumento de populações idosas são as alterações observadas para melhor atendê-las. Em nosso meio, já há a percepção da necessidade de formação de cuidadores orientados por cursos livres.
Na área médica, especialistas em geriatria estão superando significativamente a formação de novos pediatras nos últimos anos.
Nos Estados Unidos, referem Debora Lyn Tucci, do Instituto Nacional de Surdez dos Estados Unidos, e Robert M. Califf, do FDA (Food and Drug Administration, USA), na revista médica Jama, estatísticas mostraram que a maioria das pessoas que poderia se beneficiar de aparelhos auditivos não os usa.
Por isso, os novos regulamentos do FDA para dispositivos auditivos de venda livre (sem receita) são um passo importante para melhorar o acesso da população idosa a esses aparelhos.
Segundo os especialistas, após os 70 anos de idade, quase a metade dos adultos relata perda auditiva. E a ausência de aparelhos auditivos baratos acessíveis afeta parte da população que já sobrevive com seus modestos recursos.
Os autores destacam que, antes da autorização do FDA para a venda livre de aparelhos auditivos, esta área era um mercado com concorrência limitada. Era determinada por fonoaudiólogos cujas consultas são agrupadas ao custo (elevado) desses dispositivos, dominado por grandes fabricantes internacionais.
Essas circunstâncias resultaram em preços elevados para os consumidores e barreiras para a entrada de fabricantes em potencial no mercado.
Tucci e Califf também destacam que a nova estrutura introduzida pelo FDA fornece uma plataforma para o desenvolvimento de aparelhos auditivos seguros, eficazes e menos dispendiosos para portadores de perda auditiva percebida de leve a moderada.
Fonte: Folha de S. Paulo
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