Entre as descobertas mais importantes da história está o espelho de vidro. Parece exagero, mas não é.
Desde a antiguidade o Homem buscou seu retrato, primeiro na água parada. Depois, em materiais polidos.
A primeira vez com uma visão razoável, mas ainda insuficiente, foi quando poliram os metais. Os primeiros surgiram na antiga Suméria, hoje Iraque, placas de bronze polidas com areia.
O de vidro foi invenção do químico alemão Justus von Liebig, que usou nitrato de prata no vidro, em 1830.
Se alguém pensa que espelho é só para dar a real ou servir para narcisos em ataques de vaidade está enganado. A medicina precisa deles, os telescópios também, entre outros milhares de exemplos que, sem eles, o mundo não seria como é hoje.
São incontáveis os filmes e livros que tratam dele. Por enquanto, deixo a parte útil de lado, mas sempre achei fascinante como dele se fazem piadinhas. Como a crença para distinguir o sexo das moscas. Se forem fêmeas, pousam no espelho; se forem machos, pousam em escrivaninhas.
Rembrandt e outros pintores dos Países Baixos usavam espelhos para pintar autorretratos e cenas mais complexas. Do ponto de vista prático, a qualidade de um espelho pode ser medida colocando-se a ponta da unha do polegar nele. Quanto menor a distância da imagem, melhor ele é. Colocados um de frente para outro, teremos a imagem reproduzida ao infinito. É o que mais espelha – sem trocadilho – o infinito. A imagem é cada vez menor, mas até que ponto?
O espelho serve tanto para elevar a autoestima como para piorá-la.
Da primeira vez que vemos nossa imagem refletida, reagimos com curiosidade na medida que vamos crescendo, nos olhamos para ver se estamos bonitos. Quando envelhecemos, queremos distância dele
Fonte: https://fernandoalbrecht.blog.br
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