“O Jardim Secreto”, de Frances H. Burnett, foi publicado a primeira vez em 1911, e se tornou um clássico da literatura. Por que?
Porque fala de questões humanas que transcendem o tempo no qual elas foram concebidas.
Outro clássico é o intrigante romance “Ligações Perigosas”, publicado em 1782, que permanece atualíssimo.
O tempo, realmente, é relativo em se tratando de algumas coisas.
Domingo ensolarado, mas friozinho, neste Sul de mundo. Dia de rega e poda mais demoradas no Pequeno Jardim.
Para quem não sabe, o Pequeno Jardim é um “pequeno imenso” espaço de sacada que converti em jardim suspenso.
Mas o que um jardim ensina a quem dele cuida?
Muita coisa...
Por exemplo, aprende-se que se você não tem uma visão sistêmica do ambiente que está, o risco que cair em engano é imenso.
Formigas caminham nos galhos, via de regra, à procura de benefícios secundários que muitas pragas oferecem enquanto estão hospedadas nas plantas que estão a prejudicar.
Assim, formigas são avisos de que algo pode estar errado no jardim. Isso funciona também, e muito, em ambientes humanos.
Outra lição: milagres são da esfera dos milagres.
Flores e plantas bonitas dependem de tempo, persistência, paciência e cuidado (alguns podem substituir a palavra por investimento).
Absolutamente tudo possui um preço. Os financeiros são mais fáceis de se pagar, embora custosos. Já os que empobrecem a ética, a esperança e os valores estruturantes do ser humano são caríssimos e, por vezes, não há dinheiro no mundo que pague.
Essa é uma das lições finais de “Ligações Perigosas” e parte do fio condutor de “O Jardim Secreto”.
Em tempos tão complicados como os que estamos vivendo, com tantas névoas, renascer a cada primavera tem sido difícil, mas nunca foi tão necessário.
Uma boa semana a todos nós.
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