Fernando Albrecht
Nos anos em que a Rua da Praia de Porto Alegre já não tinha praia, mas fervilhava de gente, inclusive à noite, famílias lotavam os cinemas Imperial, Guarani e Cacique. Um grupo de folgazões aprontou uma para uma colunista social que morava no prédio do Clube do Comércio.
Ela havia escrito uma crônica espinafrando o que ela chamava de filhinhos de papai de famílias abastadas. Ficavam na frente da Praça da Alfândega e, dali, organizavam sacanagens e faziam piadinhas sobre os passantes, especialmente mulheres.
Para se vingar, o grupo de pândegos contratou uma figura popular, o Marimbondo, para executar a torpe vingança contra a jornalista (não era Gilda Marinho, by the way). Bem na hora da saída dos cinemas, calçada e leito cheias de gente por duas dezenas de metros, Marimbondo, postou-se no meio da rua e com as mãos em concha gritou o nome dela bem alto para depois dar a flechada final.
– Terminamos. Tá certo. Mas, pelo menos, devolve minha cueca!
Fonte: https://fernandoalbrecht.blog.br
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