Marcelo Duarte
Na minha coluna de número 13 na Folhinha, falo até de Fórmula 1 e Nasa
Esta é a minha 13ª colaboração para a "Folhinha". Deveria ter pulado a coluna de hoje? Não, não sou triscaidecafóbico, que é o nome que se dá a quem tem medo do número 13 (a palavra difícil vem dos termos gregos para "treze" e "fobia").
Como essa história começou? Uma das explicações diz que havia 13 pessoas na última ceia de Jesus Cristo (ele e os 12 apóstolos). Judas Iscariotes, o traidor, foi o 13º a se sentar.
Por isso, alguns restaurantes não aceitam reservas para 13 comensais, sabia? Cerca de 80% dos prédios nos Estados Unidos não têm o 13º andar. Alguns aeroportos decidiram abolir o portão de embarque 13. E por aí vai.
Há algum caso assim no esporte?
Durante um bom tempo, o número 13 ficou proibido nos carros da Fórmula 1. Só dois pilotos usaram o número desde que a categoria foi criada em 1950. Os dois eram latinos.
O primeiro foi o mexicano Moisés Solana, competindo pela BRM, em 1963. Ele disputou uma única corrida e o carro quebrou. O 13 só voltaria a ser usado em 2014 pelo venezuelano Pastor Maldonado, correndo pela Lotus.
O que se conta é que aconteceram dois acidentes fatais com carros que usavam esse número, um em 1925 e outro em 1926. Pronto: o 13 se tornou amaldiçoado nas pistas.
A inglesa Divina Galica escolheu o 13 em sua passagem pela escuderia Surtees para a disputa do GP da Inglaterra de 1976, mas não se classificou para a corrida. Ah, ela nasceu num 13 de agosto.
Tudo com o número 13 acaba em tragédia?
Um terrível acidente aconteceu com a Apollo 13 da Nasa. A missão para a Lua partiu às 13h13min13s de 11 de abril de 1970. No dia 13 (!), o tanque de oxigênio no módulo de serviço explodiu, forçando a tripulação a permanecer em condições mínimas de sobrevivência durante seis dias.
O desastre só não foi maior porque os três astronautas conseguiram voltar para a Terra, sobrevivendo ao acidente. A aventura virou um filme estrelado por Tom Hanks, em 1995, "Apollo 13: Do Desastre ao Triunfo", indicado a nove estatuetas do Oscar. Ganhou duas.
O 13 dá azar para todo mundo?
O técnico de futebol Zagallo, um dos mais vitoriosos do mundo, usava o 13 como seu número de sorte. A mulher dele, Alcina de Castro Zagallo, era devota de Santo Antônio e gostava do número (o dia de Santo Antônio é comemorado em 13 de junho).
Uma das principais diversões de Zagallo era fazer contas mirabolantes para provar que o 13 lhe trazia bons resultados. Ele foi campeão mundial pela Seleção Brasileira pela primeira vez em 1958 (5+ 8 dá 13).
Ele começou a carreira de treinador no Botafogo em 1967 (6 + 7 é igual a 13). Curioso demais. Que somam 13 letras.
Fonte: Folha de S.Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário