segunda-feira, 1 de agosto de 2022

A AMÉRICA ALERTA PARA A POLIOMIELITE

Julio Abramczyk

Estados Unidos detectaram o primeiro caso de pólio em 30 anos

As campanhas de desinformação sobre as vacinas contra a Covid-19 interferiram negativamente na rotina de imunização de crianças brasileiras, anteriormente um sucesso ao longo dos anos.

No dia 21 deste mês as autoridades de saúde do condado (município) de Rockland, situado a noroeste de Nova York, anunciaram que um residente da área, sexo masculino, 20 anos, apresentou teste positivo para poliomielite, também conhecida pelo nome de paralisia infantil.

Após a identificação positiva para a pólio do paciente, imediatamente a população da cidade passou a receber a vacina antipolio Salk, introduzida pelos Estados Unidos em 1950.

O médico Bryon Backenson, do Departamento de Saúde do estado, como publicou a imprensa americana, informou que não havia indicação de casos adicionais.

O doente foi descoberto porque as autoridades sanitárias alertaram os médicos do condado sobre a possibilidade de casos de uma doença neurológica, a mielite flácida aguda, que apresenta sintomas semelhantes à pólio. Submetido aos exames laboratoriais, o paciente apresentou resultado positivo para a poliomielite.

As vacinas Sabin e Salk entraram na rotina médica em 1960. A pólio não tinha e até hoje não tem tratamento. Por isso é uma doença com firme possibilidade de prevenção e prioridade para erradicação.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a pólio afeta principalmente crianças menores de cinco anos. Graças à vacinação antipolio os casos diminuíram em mais de 99% desde 1988, de cerca de 350 mil ocorrências em 125 países para 6 casos em 2021.

Em cada 200 infecções, uma provoca paralisia irreversível; entre elas, 5% a 10% provocam paralisia muscular respiratória. Antigamente os pacientes eram colocados em um aparelho (pulmões de aço) no Hospital das Clínicas que os ajudava a respirar.

Fonte: Folha de S. Paulo

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