Julio Abramczyk
Já há mais de 9.200 casos no mundo, segundo a OMS
O vírus da varíola do macaco (monkeypox) é altamente contagioso e já está causando um surto global.
Recebeu esta denominação por ter sido isolado de macacos pela primeira vez em 1958 no Statens Serum Institut em Copenhague, Dinamarca.
Até quarta-feira (13), segundo o Ministério da Saúde, foram confirmados 266 casos no Brasil, Desse total, 196 pacientes eram de São Paulo.
Em todo o mundo, o número de doentes com varíola do macaco já passa dos 9.200, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
A maioria dos casos notificados foi identificada através de serviços de saúde sexual e envolveu principalmente, mas não exclusivamente, homens que fazem sexo com homens. Essa ressalva da OMS evita o mesmo tipo de desinformação que foi disseminada em 1980, quando, ao surgirem os primeiros pacientes portadores de HIV, falava-se que a doença afetava somente homens que faziam sexo com homens.
A informação inadequada sobre o HIV (não confirmada posteriormente) resultou em graves danos familiares, emocionais e profissionais para parcela da população daquela época.
Segundo os especialistas, grande parte da população é vulnerável ao vírus da varíola do macaco.
A vacina contra a varíola, que foi descontinuada há mais de 40 anos no mundo por não ser mais necessária (a varíola havia sido erradicada), deve fornecer alguma proteção.
Segundo J. Guarner, da Universidade Emory, EUA, refere no Jama que a vacina contra a varíola forneceria até 85% de proteção cruzada contra a varíola do macaco.
O tratamento das pessoas afetadas é sintomático e um agente antiviral específico, o tecovirimat, foi aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration), a Anvisa dos americanos.
A taxa de mortalidade é considerada entre 1% e 11%.
Fonte: Folha de S. Paulo
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