Carlos Brickmann (*)
Uma característica importante desta eleição é que nem todos têm a mesma concepção do que é ganhar. Bolsonaro e Lula disputam para ganhar a eleição de acordo com o pensamento da maioria da população: quem ganha ocupa a Presidência da República.
Mas vamos combinar: ser presidente é bom (ou não haveria tanta disputa), mas dá trabalho. Enquanto isso, com as leis que prepararam, deputados e senadores ganham excelentes salários (com todos os penduricalhos, muito mais que o presidente), têm férias mais constantes, têm acesso, se quiserem, a diferentes tipos de corrupção, dispõem de assessores que desempenham todo o trabalho (inclusive, conforme o cargo, até recebem para entregar ao patrão), têm passagens aéreas, diárias, etc.
Um vidão! É por isso que tantos partidos preferem buscar aliados diferentes, um em cada estado, pedindo em troca facilidades para ampliar a bancada. Uma boa bancada representa uma boa parcela do dinheiro público para financiar as eleições.
Poder é dinheiro, dinheiro é poder. Não é preciso ser presidente.
(*) Carlos Brickmann é jornalista, consultor de comunicação e colunista.
Fonte: brasildelonge.com
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