Julio Abramczyk
Pesquisa com 800 mil famílias mostrou que mesmo parentes não vacinados foram beneficiados pela vacinação das pessoas próximas, com risco entre 45% e 97% menor de contrair Covid
A imunidade de rebanho acontece quando uma significativa parte da população se torna imune a uma doença, por ter sido vacinada ou se recuperado após ter contraído a doença e sobrevivido.
Lamentavelmente, mais de 600 mil pessoas não sobreviveram à Covid-19.
Nos pacientes recuperados da virose, foram produzidos anticorpos protetores somente para essas pessoas. As pessoas não imunes continuam sem proteção.
Segundo os professores Angel N. Desai, editor-associado da revista Jama e Maimuna S. Majumder, da Universidade Harvard, EUA, para se alcançar a imunidade coletiva é necessário um número excepcional de pessoas infectadas que se recuperem da doença.
Como já existem vacinas para a proteção e controle da Covid-19, a vacinação intensiva de toda a população, como vem ocorrendo atualmente, permitirá o surgimento de uma imunidade coletiva e brevemente seu efetivo controle.
Um argumento favorável à relação da vacinação para a redução da Covid-19 e seu controle é fornecida pelo professor Peter Noldstrom, do Departamento de Medicina Geriátrica da Universidade de Umea, Suécia, e sua equipe, na revista Jama Internal Medicine, desta semana.
Com base no registro de mais de 1,8 milhão de pessoas de 800 mil famílias, observaram uma associação entre diminuição de risco de infecção e hospitalização com o número de pessoas vacinadas em cada grupo familiar.
Dependendo de seu número, os familiares não vacinados apresentaram um risco entre 45% e 97% menor de contrair a doença, mostrando que a vacinação ajuda não só a reduzir o risco de uma pessoa se infectar, mas também diminuiu a transmissão da doença.
Fonte: Folha de S. Paulo
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