UM TORTURANTE BAND-AID NO CALCANHAR
Entre nós, a gigante norte-americana Johnson & Johnson é identificada com o Óleo Johnson, produto que mães aplicam há décadas nos pequerruchos. Sem saber que são produzidos pela mesma empresa, conhecemos também o Tylenol e o Band-aid (que nem todos usam no calcanhar, aliás). Além desses três artigos, o cidadão comum pouco conhece da firma.
Com a pandemia, o mundo começa a tomar conhecimento de que a Janssen – braço do conglomerado Johnson & Johnson – desenvolveu com sucesso uma vacina contra a covid-19. Por estar chegando ao mercado um pouco depois das primeiras, a vacina Janssen é menos conhecida. Que não seja por isso: apresenta vantagens consideráveis.
Em primeiro lugar, conserva-se a uma temperatura entre 2° e 8°, vantagem apreciável em comparação com a Pfizer, que exige armazenamento a 70° abaixo de zero – um senhor desafio para a trôpega logística do Ministério da Saúde.
A segunda vantagem é o preço. Visto que as negociações nem sempre são transparentes, valores raramente são publicados; assim mesmo, estima-se que cada dose saia pela metade do preço das concorrentes Pfizer e Moderna.
A terceira vantagem é importantíssima: uma dose é suficiente, enquanto todas as concorrentes exigem duas. É um benefício supimpa para países em que o avanço da vacinação é lento.
É verdade que a eficácia (66%) é mais baixa do que a das concorrentes. No entanto, sem atingir os 90% das que funcionam melhor, a Janssen é mais eficaz do que a Coronavac, que gira em torno de 50%.
A vacina Janssen estará disponível no segundo semestre deste ano. Visto que, até lá, nossa população ainda vai estar longe da imunização geral, o governo federal devia considerar com muita atenção a possibilidade de adquirir esse imunizante. E, desta vez, fazê-lo antes que outros países passem à frente.
Fonte: brasildelonge.com
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