Quando o meu amigo Lauri resolveu devolver o Quarup de Antonio Callado, junto ele mandou um bilhete com a seguinte observação: "Existem duas classes de idiotas - os que emprestam livros e os que devolvem livros emprestados. Pertenço à segunda classe". Logo, segundo o tal critério, fiquei sabendo que eu pertencia à primeira classe de idiotas.
Então, para lembrar os tomadores de livros a devolvê-los, passei a identificar os meus pertences com um carimbo, constando o meu nome e profissão. Em algum tempo como advogado e em outros tempos como Juiz de Direito.
Anos depois, mais precisamente em 2004, emprestei para ao Humberto o Grandes Iniciados. Decorridos tantos anos, nada de devolução, o que ratifica o conceito de que sou um idiota e o Meleca não.
Antes ainda, eu havia emprestado a um terceiro amigo, o muito comentado "Protocolos dos Sábios de Sião". Nunca dei muita importância ao fato de não ter ocorrido a devolução uma vez que não tenho muito interesse na temática daquele livro.
Para minha surpresa, muito tempo depois, um quarto amigo - o Bira - me proporcionou outras divagações acerca da classificação da idiotice. Disse-me que ao vasculhar livros num Sebo de nossa cidade, deparou-se com o "protocolos". A curiosidade levou-o a folhear as primeiras páginas, e logo no início visualizou a identificação: "Irineu Bianchi - advogado". Então, resolveu adquirir o livro para presentea-lo a mim.
Dito isto, penso que a classificação do Lauri merece um adendo, inserindo-se uma terceira classe de idiotas: os idiotas desligados.
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