Sábados à tarde, 17,30 hs. muitos jovens tinham um programa imperdível: sintonizar a Rádio Caxias para ouvir, na voz marcante de OSVALDO DE ASSIS, as “Histórias do Tio Arthur”.
24/julho/1959 |
Também era possível ir aos estúdios da Rádio Caxias, no primeiro andar do City Hotel, para não apenas ouvir mas também presenciar a figura esguia do famoso radialista lendo aquelas histórias que nos faziam viajar pelo mundo dos sonhos.
Outra atração do programa era o sorteio de ingressos para o cinema Ópera. Finda a narrativa, o locutor fazia algumas perguntas sobre conhecimentos gerais e quem respondesse corretamente era premiado com um ingresso.
Havia uma garota que sempre estava presente e por ser muito estudiosa, é o que se supõe, sempre acertava as respostas.
Era verdadeiramente difícil concorrer com ela, mesmo por que, eu não era lá muito estudioso.
Num determinado sábado fui até a rádio, como já o fizera em outras oportunidades, quando as tarefas de auxílio na ferraria do meu pai o permitiam. Mas isto é outra história.
Nesse dia, uma das perguntas indagava dos jovens ali presentes o nome da Miss Universo recém eleita. Levantei o braço e fui instado a responder.
- Akiko Kojima (não sei se é assim que se escreve) - respondi.
- Ceeeerrrto, disse o Osvaldo de Assis.
Ganhei o ingresso, de acordo com as regras do jogo, mas a minha maior satisfação naquela tarde foi vencer aquela que parecia invencível. Para mim foi um dia de glória!
De qualquer maneira a sorte resolveu dar uma olhada para o meu lado uma vez que naquela semana havia acontecido o então famoso evento para a escolha da Miss Universo. O certame era transmitido pelas rádios e minhas irmãs sempre acompanhavam com vivo interesse a escolha da mulher mais bonita do mundo.
E, o fato de uma japonesa ter vencido o certame, não deixava de ser algo inusitado. Talvez pela graça da sonoridade – Akiko Kojima - gravei o nome da vencedora como quem grava o nome de um jogador de futebol ou coisa parecida.
E, o fato de uma japonesa ter vencido o certame, não deixava de ser algo inusitado. Talvez pela graça da sonoridade – Akiko Kojima - gravei o nome da vencedora como quem grava o nome de um jogador de futebol ou coisa parecida.
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