Stefhen Kanitz
Brasileiro não lê livros, não tem líderes que respeitam, por isso ter bons entrevistadores que entrevistem pessoas inteligentes e competentes é tão necessário e importante.
É disso que o Brasil precisa.
Entrevistadores bons entrevistando pessoas boas, com perguntas boas, ouvindo e explorando as respostas boas, repetindo as ideias boas, resumindo bem o que foi dito.
Mas não é isso que vemos na TV, nas mídias sociais e nos jornais.
O que tenho visto é mais ou menos isso:
1. Pessoas burras entrevistando pessoas inteligentes sem entender nada do que foi dito.
2. Entrevistadores burros deliberadamente entrevistando pessoas mais burras ainda, para poderem aparecer.
3. Entrevistadores burros com perguntas prontas, uma após a outra, sequer ouvindo as pérolas de sabedoria ditas, pois estão procurando a próxima pergunta na lista.
4. Entrevistadores arrogantes que acham que sabem mais do que o entrevistado.
5. Pessoas inteligentes ficando em casa, e pessoas com Distúrbio de Personalidade Narcisista aceitando de graça todo convite possível para serem entrevistados.
O pior é que a maioria dos entrevistadores nos Estados Unidos são ex-comediantes frustrados.
Mais preocupados em achar a piada, fazendo todos gargalharem em vez de pensarem.
Eu gostaria de ver um programa, onde pessoas inteligentes e competentes entrevistassem outras pessoas igualmente ou mais inteligentes e competentes.
Seria pedir demais? Não seria o mínimo esperado?
Quero ver entrevistadores usando a sua inteligência para ouvir, e não para falar.
Quero alguém que possa destilar, simplificar, resumir, explicar de uma segunda forma as pérolas de sabedoria ditas.
Conversei com várias rádios e TVs, ao longo dos meus 50 anos de vida ativa, para fazer um programa de entrevistas, copiando Crosstalk, um sucesso inglês.
Dois entrevistadores, um de centro direita outro de centro esquerda, porque não há mais ninguém inteligente de extrema direita nem de extrema esquerda, entrevistando duas pessoas ao mesmo tempo.
Isso permitiria perguntas sem o viés político que temos hoje, e respostas mais variadas.
Por isso decidi realizar o meu sonho.
Hoje todo cidadão possui um canal de TV, razão deste pânico da Globo e da sua luta contra a mídia comunitária e democrática.
Vou criar um canal de entrevistas e passarei a ser um mero entrevistador.
Mais preocupado em divulgar as ideias dos outros e não mais as minhas.
Quero extrair o melhor do meu entrevistado e não o destruir.
Quero levantar a bola do entrevistado, e não ganhar toda rodada intelectual para me mostrar superior ao um Jordan Peterson, que o tornou famoso e a entrevistadora desacreditada.
Quero explorar ideias novas e não as matar no nascedouro.
O problema é achar essas pessoas inteligentes, que não são mais entrevistadas ou que tem medo de serem arrasadas.
Ou as novas cabeças pensantes ainda não descobertas e que nunca foram entrevistadas.
Narcisistas, nem pensar.
Quem souber de pessoas realmente inteligentes e competentes no seu assunto, me enviem seus nomes e um breve currículo.
Garanto que ele ou ela sairão do programa parecendo heróis, e não o entrevistador vitorioso como sempre.
Garanto que todos que assistirem, em vez de boas risadas, sairão com boas ideias para se aprofundar.
Quem for um craque em produção e quiser também ajudar agradeço. Dessa parte, eu não entendo.
Fonte: https://blog.kanitz.com.br
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