Lu quase. Chamava-se Inês. Eu suspirava cada vez que a via. Meu coração disparava e triplicava os batimentos assim que ela olhava para mim ou até para minha direção. Como todo grande amor, era impossível, por isso chamamos de grande amor.
Eu fantasiava com ela. Fingia que, mais dia menos dia, ela me encurralaria em um canto e botaria as duas mãos no meu rosto dizendo, com olhar desvairado e boca faminta: “Eu te amo” duzentas vezes.
Em resposta, eu diria a mesma frase quatrocentas vezes. Mas era sonho. Como todo sonhador, acreditava que um dia ela me fosse me pedir em casamento.
Depois de algum tempo, cheguei à conclusão que a diferença de idade melou tudo. Eu tinha oito anos e ela 20 e poucos. Era minha professora.
Fonte:http://fernandoalbrecht.blog.br
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