terça-feira, 17 de março de 2020

ROMANCE FORENSE

ADVOGADO EM ALTA VELOCIDADE

A história de hoje está fora de autos processuais, e é um resumido relato ocorrido em descontraído almoço, num feriadão, em badalado – mas naquele dia vazio – restaurante da Rua Padre Chagas, em Porto Alegre.

Um advogado andava em alta velocidade pela cidade com seu BMW, quando é parado numa blitz:

Azulzinho:
- O senhor estava acima da velocidade permitida. Por favor, mostre-me a sua habilitação.

Advogado:
- Está vencida...

Azulzinho:
- O documento do carro, então!

Advogado:
- O carro não é meu.

Azulzinho:
- O senhor, por favor, abra o porta luvas.

Advogado:
- Não posso, tem um revolver aí que usei para roubar este carro.

Azulzinho (já bastante preocupado):
- Abra o porta malas!

Advogado:
- Nem pensar! Lá está o corpo da dona deste carro, que eu matei no assalto.

O azulzinho, diante das circunstâncias, resolve chamar seu superior e também aciona o 190. O supervisor da EPTC e o capitão PM, chegam e, a uma só voz, dirigem-se ao advogado:
- Habilitação e documento do carro por favor!

Advogado:
- Eis aqui senhores, como vêem o carro está no meu nome e a habilitação está regular.

Capitão PM:
- Abra o porta luvas!

Advogado (tranquilamente):
- Como vêem só tem alguns papéis...

Sargento PM, chegando para ajudar, já com o revólver fora do coldre:
- Abra o porta malas!

Advogado:
- Certo, aqui está... como vêem, está vazio.

Supervisor da EPTC (constrangido):
- Deve estar acontecendo algum equívoco, o meu subordinado nos disse que o senhor não tinha habilitação, que não era o dono do carro pois o tinha roubado, com um revólver que estava no porta luvas, de uma mulher cujo corpo estava no porta malas.

Advogado:
- Só falta agora esse sacana dizer que eu estava em alta velocidade!

Fonte: www.espacovital.com.br

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