O PINTO DA COMARCA
O desembargador lecionava, na associação de juízes, que os jovens magistrados deveriam se relacionar claramente com a imprensa e com a sociedade, sem o uso do juridiquês, e falando simples e objetivamente. E contou uma historinha coloquial de como uma comunicação malfeita pode causar problemas.
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O vigário da cidade de uma comarca de entrância inicial tinha, como mascote, um pinto (pintinho, nascido via ovo de galinha), chamado Valente. Certo dia, o pinto Valente desapareceu, e o religioso imaginou que alguém o havia furtado. No domingo, à hora do sermão, o padre perguntou à comunidade:
- Alguém de vocês aqui tem um pinto?
Todos os homens se levantaram.
- Não, não, disse o vigário, não foi isso que eu quis dizer. O que eu quero saber é se algum de vocês viu um pinto?
A maioria das mulheres levantou a mão.
- Não, não, repetiu o vigário. O que eu quero dizer é se algum de vocês viu um pinto que não lhes pertence.
Metade das mulheres se levantou.
- Não, não! - voltou o vigário, já se atrapalhando. Vou formular melhor a pergunta. O que eu quero saber é se algum de vocês viu o meu pinto?
Duas freiras sinalizaram.
- Esqueçam, esqueçam - atalhou o padre. Vamos continuar a missa!
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Na aula para os noveis magistrados, o desembargador fez a comparação arrematadora:
- Comunicação malfeita dá nisso!
Fonte: www.espacovital.com.br
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