domingo, 22 de dezembro de 2019

DESCANSO FÍSICO E ESPIRITUAL

Ao longo de qualquer viagem acabamos visitando igrejas, catedrais, mosteiros, Santuários, etc. Há verdadeiras obras de arte, revelando o poderio econômico de quem patrocinou a construção. A época em que foram construídas proporciona outras revelações. O estilo arquitetônico também pode se revelar uma excelente fonte de pesquisa. Particularmente gosto de esculturas e muitas catedrais são pródigas neste item. Também me interessam as construções por elas mesmas. Meu pai era pedreiro e durante a minha infância o acompanhei muitas vezes até o local das obras onde ele empregou o seu conhecimento. A facilidade, ou melhor, a destreza que ele tinha para movimentar aquelas pedras enormes, edificando altas paredes, sempre me fascinou. Especialmente o conhecimento empírico de equilibrar as pedras no alto das portas, sem argamassa ou apoio transversal, para mim era um verdadeiro mistério. Agora, com a compreensão de como tudo isso é possível, ao visitar as catedrais sempre fico imaginando as dificuldades enfrentadas pelos antigos construtores, principalmente no que diz respeito à necessidade de andaimes para alçar as pedras às alturas. As coberturas com seus imensos vãos a desafiar a lei da gravidade também incitam a imaginação.  Mas tem um outro motivo para tantas e reiteradas visitas a igrejas e catedrais: o bem estar físico. Isto mesmo, o bem estar físico. Geralmente viajamos na primavera ou no verão. Para conhecer os lugares é preciso caminhar, e muito. Quando estamos cansados e o dia está quente, entrar numa igreja é recarregar as baterias. De um modo geral são ambientes bem fresquinhos e sempre há lugares disponíveis para sentar. Descansar no interior de uma igreja, com silêncio quase total, é um prazer  reconfortante. É quando corpo e mente se fundem e se harmonizam. É o melhor momento para agradecer. Pela vida, principalmente.

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