Você recebe o que deseja do
relacionamento. Se contenta com pouco, receberá esmola.
No caso de querer apenas sexo,
terá amizade eventual. No caso de querer amor, terá só sexo. No caso de querer
amor para vida inteira, terá um casamento. Já deve entender que nunca terá o
que pede, existe o imposto embutido nas palavras, portanto cabe exigir mais.
Sem ambição, qualquer contato
naufraga. A modéstia não combina com a longevidade.
O argumento de procurar
unicamente sexo é uma enganação. Reduz o ruim ao péssimo. Não esperar mais de
um encontro é se conformar com o menos, é se acostumar com o menos, é ocupar a
sua rotina com mortos-vivos.
Não projetar grandes histórias
não ajuda a auto-estima, atrofia a esperança e a intimidade. Para não perder
tempo em uma única relação e ir direto
ao ponto, você acaba perdendo tempo igual com várias relações que não vão dar
nada mais do que o desestresse sexual. Perde tempo igual em relações paradas,
superficiais, onde ver não desemboca em admirar.
Não que todo caso tenha que virar
amor. Entretanto, sem a perspectiva além do sexo, não há interesse na conversa,
não há curiosidade, não há investimento, não há esforço de entendimento.
O rascunho é para valer, por mais
que estabeleça que é provisório. Na hipótese de não vislumbrar futuro antes de
começar algo e se envolver mesmo assim, estará andando para trás.
Amar não é para ser uma atitude
passiva, caracterizada somente pelo movimento de sentir o amor, e sim precisa
ser entendido como uma dinâmica ativa, de também produzir o amor no outro,
criar acontecimentos para que uma combinação a dois encontre motivos para
durar.
A ausência de expectativa para
não sofrer gera, em contrapartida, a inexistência. Você sofre ao amar, mas
sofre mais ao não viver.
Fonte: Facebook
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