segunda-feira, 28 de junho de 2021

DEPENDENDO DO QUE VOCÊ QUER

Fabrício CarpinejarFabrício Carpinejar

Você recebe o que deseja do relacionamento. Se contenta com pouco, receberá esmola.

No caso de querer apenas sexo, terá amizade eventual. No caso de querer amor, terá só sexo. No caso de querer amor para vida inteira, terá um casamento. Já deve entender que nunca terá o que pede, existe o imposto embutido nas palavras,  portanto cabe exigir mais.

Sem ambição, qualquer contato naufraga. A modéstia não combina com a longevidade.

O argumento de procurar unicamente sexo é uma enganação. Reduz o ruim ao péssimo. Não esperar mais de um encontro é se conformar com o menos, é se acostumar com o menos, é ocupar a sua rotina com mortos-vivos.

Não projetar grandes histórias não ajuda a auto-estima, atrofia a esperança e a intimidade. Para não perder tempo em uma única relação  e ir direto ao ponto, você acaba perdendo tempo igual com várias relações que não vão dar nada mais do que o desestresse sexual. Perde tempo igual em relações paradas, superficiais, onde ver não desemboca em admirar.

Não que todo caso tenha que virar amor. Entretanto, sem a perspectiva além do sexo, não há interesse na conversa, não há curiosidade, não há investimento, não há esforço de entendimento.

O rascunho é para valer, por mais que estabeleça que é provisório. Na hipótese de não vislumbrar futuro antes de começar algo e se envolver mesmo assim, estará andando para trás.

Amar não é para ser uma atitude passiva, caracterizada somente pelo movimento de sentir o amor, e sim precisa ser entendido como uma dinâmica ativa, de também produzir o amor no outro, criar acontecimentos para que uma combinação a dois encontre motivos para durar.

A ausência de expectativa para não sofrer gera, em contrapartida, a inexistência. Você sofre ao amar, mas sofre mais ao não viver.

Fonte: Facebook

Nenhum comentário:

Postar um comentário