Antonio Carlos Fallavena
Ao que parece, os brasileiros já
perderam a capacidade de se indignar
O país entrou em um buraco tão
grande e sujo que é difícil identificar quais os erros precisam ser corrigidos
e em que ordem as correções devem ocorrer. Alguém tem dúvida que, praticamente,
não existe um setor que esteja realmente cumprindo com suas finalidades e
atingindo os resultados necessários? É claro que não vale citar a exceção da
Polícia Federal e da Lava Jato…
O setor público é dominado pelos
servidores, que, sem comando e sem a qualificação necessária, tomou posse das
estruturas na maioria das repartições, sejam federais, estaduais ou municipais.
O típico exemplo é o caso do ensino público, nos três níveis, com entidades
partidarizadas, sugadoras das suas próprias bases.
A área da segurança está
descapitalizada em tudo, a partir também de seus quadros, e a criminalidade
impera. O setor de saúde pública está mais do que falido, nas instituições
federais, estaduais e municipais.
Reformas urgentes são
necessárias, mas precisam abranger todas as áreas públicas. A partir delas,
então poder-se-á “enquadrar” as áreas privadas.
Só como exemplo, em Porto Alegre
a empresa de ônibus estatal (pública…), mesmo dando prejuízo, paga “bônus por
resultados” aos funcionários. São as ditas “conquistas dos trabalhadores”. E
quantas coisas há para relacionar, nos mesmos moldes deste caso.
O Brasil virou um carro velho,
com ferrugem e sem peças de reposição. Uma sucata que só serve para ser
derretida e vendida em blocos. Quem quer comprar? Mas aviso: tem de levar tudo!
Bem sei que o assunto mexe com os
brios (será que ainda sabem o que isto representa?) de alguns, mas a maioria se
omite e não demonstra capacidade de se indignar, nada, nada!
Fonte: Tribuna da Internet - 20/06/2017
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