(Charge de Gerson Kauer) |
Promotorite vexaminosa
Em cidade de médio porte, os
operadores jurídicos estão intrigados com o agir do único promotor de justiça,
ali. Ele dirige seu carro usando um capacete como se fosse piloto de Fórmula 1.
Quando almoça ou janta em restaurantes, sempre determina que seus
acompanhantes, antes, provem sua comida e bebida, com medo de ser envenenado.
Entre outras situações que
motivaram a instauração de uma sindicância, conta-se que, certa vez, ele fez um
gesto de coração com as mãos para o corpo de jurados. Em outra, despiu as
calças na cozinha do fórum, para que uma servidora consertasse a peça.
O douto promotor – que ainda está
em estágio probatório - também responde disciplinarmente por outros dois fatos.
Um: “conduta social incompatível
com o cargo por atender a população através do portão gradeado da sede da
promotoria”.
Outro: “apropriou-se de garrafas
de refrigerantes que caíram de um caminhão que tombou na rodovia”.
A sindicância também envolve
aspectos técnicos. Um dos arrazoados deplora “o atraso e a morosidade em
processos judiciais que lhe vão para parecer; a dificuldade em dar impulso aos
procedimentos extrajudiciais; a inassiduidade em audiências; e a baixa
qualidade das peças produzidas”.
Na comarca, ele já foi apelidado
de “Doutor Promotorite” – expressão que Eliana Calmon, quando era ministra do
STJ, costumava – tal qual a juizite - definir como “a afetação, o fruto da
prepotência e a vaidade” de que são acometidos alguns juízes e membros do
Ministério Público, no exercício de seu mister.
Fonte: www.espacovital.com.br
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