Numa cidade do interior do Ceará,
a - chamada - ´professora´ Marcília estava construindo uma extensão de seu
cabaré, cujas atividades estivam em constante crescimento após a liberação de
seguro desemprego para pescadores e vários outros tipos de bolsas.
Em oposição, uma igreja
evangélica local próxima iniciou forte campanha para bloquear a expansão do
negócio. Fazia sessões de oração em três turnos, com ampla propagação por
alto-falantes.
A ampliação do cabaré progrediu
célere, até uma semana antes da inauguração da “nova ala” quando – em meio a
uma rara chuvarada - um raio atingiu o prédio, provocando um incêndio que
destruiu o telhado e grande parte do salão e dos quartos. Sem demora, o pastor
e os crentes da igreja passaram a se gabar "do grande poder da
oração".
Então, a ´professora´ Marcília –
pessoa física - ingressou no JEC com uma ação contra a igreja, o pastor e toda
a congregação, sob o argumento que eles "foram os responsáveis pelo fim do
prédio e negócio, utilizando-se da intervenção divina, direta ou indireta.”
Na contestação, os réus
veementemente negaram qualquer responsabilidade ou ligação com os fatos,
sustentando que “os raios são uma descarga elétrica de grande intensidade que
ocorre na atmosfera, entre regiões eletricamente carregadas, podendo acontecer
tanto no interior de uma nuvem, como entre nuvens ou entre nuvem e terra e,
como tal, tratando-se de reações da natureza, são totalmente incontroláveis”.
O juiz leu a petição inicial e a
contestação. E logo na abertura da audiência, comentou: “Eu ainda não sei como
vou decidir este caso, mas uma coisa, para mim, está clara nos autos. Temos
aqui uma proprietária de casa de libação que firmemente acredita no poder das
orações e uma igreja inteira declarando que as orações não podem nada!”
Ouviram-se testemunhas. No final,
a ação foi improcedente. A ´professora´ Marcília não conseguiu provar que as
rezas tenham sido a causa do maldito raio.
O juiz concluiu que a “a origem
da destruição foi uma descarga elétrica, provinda do espaço, surgindo
imprevistamente e sem qualquer comando humano, tratando-se de um mero, mas
devastador agente da natureza”.
Amém!
Fonte: www.espacovital.com.br
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