(Charge de Gerson Kauer) |
O preço da rolha do ministro
O ministro de um tribunal superior – bem acompanhado – vai
jantar em um restaurante (da moda!) na capital federal de seu país.
Discretamente enrolada, leva uma garrafa de abençoado vinho
francês, da região de Bordeaux. Pede, então, ao garçom que “dê uma leve refrescada”
no tinto e que traga a bebida à mesa em dez minutos.
Assim acontece. Refeição saborosa, companhia agradável, papo
tranquilo, vinho de qualidade suprema. Na hora da conta, um dos itens
surpreende o douto cliente: “Rolha, R$ 100”.
Ele protesta.
Chega o maitre que explica, gentilmente, que “esta é a praxe
da casa”, mas que não cobraria porque não houvera a prévia informação ao
cliente.
Um mês depois, o ministro volta ao mesmo restaurante e chega
com duas garrafas de um vinho italiano, já abertas. Ao reencontrar os mesmos
garçom e maitre, o cliente sentencia - sem contraditório - em julgamento
antecipado: “Agora vocês não vão podem me cobrar a rolha”.
E assim acontece: para evitar qualquer tipo de confusão no
ambiente sofisticado, o maitre concorda diplomaticamente: “Fazemos tudo para
agradar sempre os nossos excelentíssimos clientes”.
Jurisprudência criada...
Fonte: www.espacovital.com.br
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