God save the queen!
(2015/09/09)
Well, my friends: I beg your pardon, mas hoje não vou
responder à nenhuma carta. Quero contar-lhes um pouco de minha querida soberana
e amiga Queen Elizabeth II, que, hoje, torna-se a rainha mais longeva da
história britânica, ao completar 63 anos e 7 meses de reinado, ultrapassando o
recorde de Queen Victoria no século 19. Elizabeth, as you know, é uma velha e
querida amiga a quem, todos os anos, em 21 de abril, presenteio com uma rara
rosa colombiana que, I humbly say, ela adora.
Não pretendo falar aqui de seus atuais 89 anos de vida, que
são indecentemente narrados todos os dias por tablóides, canais de televisão e
veículos de fofoca. Não quero, as well, repisar o fato de que ela é uma monarca
carismática, que já deu posse a doze primeiros-ministros, desde Winston
(N.da.R.: Winston Churchill, estadista e Prêmio Nobel de Literatura) até
Cameron. Nem exagerar nos números. Não acho de bom tom contar, for instance,
que desde sua posse, em 1952, ela concedeu mais de 405 mil prêmios e honrarias
(inclusive aos Beatles), recebeu 4 milhões de cartas, mandou 175 mil telegramas
comemorando o centésimo aniversários de alguns de seus súditos e outros 540 mil
para casais que — como ela e o príncipe Phillip —, já comemoraram as bodas de
diamante.
Não vou repetir que Her Majesty é sorridente, serena,
bem-humorada — e pode ser cáustica quando não gosta de alguém da familia, o
que, unfortunately, ocorreu com Lady Diana.
O que me importa, como cidadão do mundo, é lembrar que a
rainha é, indeed, uma grande viajante. Apenas durante o seu reinado, ela fez 91
visitas oficiais e esteve em 116 países diferentes. Uma única vez no Brasil
—which is a shame —, mas 22 no Canadá, 16 na Austrália, dez vezes na Nova
Zelândia e seis na Jamaica. Mais que isso: numa prova de sua elevadíssima
majestade, nossa rainha fala francês fluentemente (diz-se que, well, um pouco
melhor do que o presidente François Hollande), apesar de nossa rivalidade
ancestral e fidagal.
Também não se pode, usually, duvidar da beleza do caráter de
uma apreciadora de animais do jaez de Elizabeth II. Como todos sabem, a rainha
adora corgies, seus cães de estimação prediletos. Tive o prazer de escolher, em
uma ótima ninhada, a brilhante Suzan, primeira cadela que ela ganhou aos 18
anos. Desde então, nossa soberana teve trinta corgies para alegrá-la, dos quais
restaram apenas dois: Holly e Willow, ambos bons companheiros de minha mascote
Trashie, exceto pelo fato de que preferem chá de jasmin a single malts.
É fundamental dizer que, em seus mais de sessenta anos de
cetro e coroa, nossa rainha recebeu centenas de animais como presentes de chefes-de-estado
ou seus representantes. Inclusive duas onças brasileiras que, unfortunately,
ela foi obrigada a encaminhar ao Zoo de Londres, já que suas carícias eram um
tanto, digamos, ríspidas.
Aposto que você não sabia, as well, que nossa majestade é proprietária
de 88 cisnes que singram as águas do rio Tâmisa. I'm sorry to say, não vai ser
fácil reconhecê-los, porque eles não usam adereços reais. Mas saiba que há um
acompanhante real que os observa, todos os dias, das margens do rio. Uma
tradição, by the way, que remonta ao século 12.
Minha querida monarca estava no Quênia, no hotel Treetops,
dentro de Aberdare National Park, quando seu pai faleceu em 1952. Trata-se de
um antigo hotel, onde os hóspedes sobem à altura da copa das árvores para
observar os animais selvagens que se aproximam.
O Treetops orgulha-se até hoje de que Elizabeth II subiu ao
hotel como princesa e dele desceu como rainha. De fato, uma insólita honraria.
Desde 2010, assim como eu, a rainha tem sua própria página
no Facebook, chamada British Monarchy. Nela é possível encontrar noticias da
realeza — assim como em seu twitter, de 2009. É claro que, oficialmente, não é
ela que escreve ou responde suas mensagens. However, ela me confidenciou que,
sometimes, dedilha pessoalmente algumas notas, apenas como um toque de humor.
Há milhares de outras informações que eu gostaria de
mencionar nessa data especial. Desde a silly thing como contar que nossa
soberana é a única cidadã britânica autorizada a dirigir sem carta de
habilitação e, até, sem placas de identificação (o que a torna ligeiramente
perigosa quando conduz, I presume) até a simples constatação de que seu
delightful power está acima de qualquer intriga política. E aos que teimam em
duvidar de minha idade, tenho o prazer de dizer que venho da mesma cêpa de
nossa soberana.
God save the queen, my friends!
Fonte: Facebook
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