Mr. Miles: adorei ler sobre a cidade de nome interminável (Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch, em Gales) que o senhor mencionou em uma crônica anterior. E sobre lugares de nomes pequenos na Grã-Bretanha, o senhor tem algum para indicar?
Hermes Salezzi, por email
Of course, my friend: desde a bíblica Ur, dos caldeus, o mundo é cheio de lugares monossilábicos. Eu ousaria supor que nossos antepassados começaram batizando os lugares aos grunhidos e só quando eles se tornaram repetitivos é que se impôs a necessidade de dobrar ou triplicar as sílabas. Don’t you agree?
Anos atrás, by the way, descobri que há três municípios noruegueses que atendem pelo singelo nome de Mo. Isn’t it sweet?
E o pior é quase fui à Mo errada, por pura ignorância. Por sorte, Ursula, uma querida amiga a quem ia visitar, ligou-me na véspera para evitar mal-entendidos. Só assim soube que a Mo que deveria procurar era a que ficava próxima de Ta, na Suécia. Don’t you believe me? Então compre um atlas, mas precisa ser um desses muito detalhados — and check it by yourself.
A sua pergunta, contudo, refere-se a lugares monossilábicos na Grã-Bretanha. Pois há um que tenho enorme prazer em recomendar. Trata-se do Promontório de Oa, na Escócia, que fica em um das minha regiões prediletas daquele lugar onde os homens, por alguma estranha razão, gostam de andar de saias. Mais precisamente, na ilha de Islay, que vem a ser o berço dos melhores single malts que tenho degustado (a simples menção ao seu nome, I must say, fez com que Trashie, aqui ao meu lado, ficasse indócil por um trago). Se você, my fellow, tiver uma oportunidade, vá até lá.
É uma trilha suave — around 3 kilometers, I guess —, que sobe por uma colina e termina em dramáticos penhascos debruçados sobre o mar. The Mull of Oa em toda a sua grandiosidade.
Um lugar tão interessante quanto Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch.
Mas, of course, com muito menos chance de erro.
Fonte: Facebook
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