Desperdício
Mr. Miles: qual é a pior maneira de gastar dinheiro numa viagem?
Well, my dear Juliana. Existem inúmeras maneiras de jogar dinheiro pela janela numa viagem: compras inúteis, restaurantes pega-turistas and much more. Suspeito, porém, que não há nada pior do que gastar dinheiro com telefonemas inúteis.
Por inútil, my dear, entenda-se aquela chamada sem conteúdo, em geral perpetrada dois ou três dias depois da partida que, quase sempre, acaba em dezenas de dólares de prejuízo, especialmente quando é feita de um hotel. Last year, em Tunis, tive a indelicadeza de escutar uma jovem brasileira, recém-chegada para suas férias, conversando com o marido no saguão de um hotel desses que cobram taxas extorsivas de turistas incautos. Vou tentar reproduzi-la, para ver você me compreende.
- Alô… amor, ai que saudades.
- Puxa, você já chegou… tudo bem por aí ? (I presume!)
- Tudo ótimo. Estou adorando. Eu te conto quando voltar. Ué, quem está com você ?
- Ninguém…, quer dizer só aquela argentina? (I presume)
- De novo a argentina? Como é essa argentina?
- Ah, é só uma mulher. Mas e aí, e o tempo?
- Porque você está mudando de assunto?
- Amor, isso é uma ligação internacional. Você já deve ter gasto uns dez dólares.
- O tempo está lindo, a comida é mais ou menos,mas eu não engolí essa história de argentina. Você não está me falando tudo.
- Não tenho nada para falar! Eu só estou feliz de ouvir a sua voz.
- Eu também, que saudades. Você jura que me ama.
- Eu te amo.
- Porque você disso isso assim, frio desse jeito?
- Frio, como. Eu te amo, já disse.
- Não, eu conheço teu tom de voz. O que está acontecendo, Marcelo ?
- Nada, na volta a gente fala. Já passou de vinte dólares.
- Quem está ligando sou eu. O dinheiro é meu e eu estou ligando para te agradar. Quer saber: vou desligar. (….)
Well, Juliana, a moça bateu o telefone no gancho, foi até um grupo de amigas, chorou um pouco e, believe it, dois minutos depois estava de novo no aparelho:
- Alô, Marcelo, desculpa, por favor. É que eu estou com tantas saudades. E o fuso também deixa a gente esquisita.
- Eu também, amor. Desculpa eu. (I presume)
- Depois me escreve para falar sobre essa história da argentina.
- Tá bom, mas não se preocupe. Que bom que você ligou…
- Fala que você me ama.
- Eu te amo
- Fala de novo
- Eu te amo.
- Ah, que bom… amanhã eu te ligo de novo.
Well, my dear Juliana. Existem inúmeras maneiras de jogar dinheiro pela janela numa viagem: compras inúteis, restaurantes pega-turistas and much more. Suspeito, porém, que não há nada pior do que gastar dinheiro com telefonemas inúteis.
Por inútil, my dear, entenda-se aquela chamada sem conteúdo, em geral perpetrada dois ou três dias depois da partida que, quase sempre, acaba em dezenas de dólares de prejuízo, especialmente quando é feita de um hotel. Last year, em Tunis, tive a indelicadeza de escutar uma jovem brasileira, recém-chegada para suas férias, conversando com o marido no saguão de um hotel desses que cobram taxas extorsivas de turistas incautos. Vou tentar reproduzi-la, para ver você me compreende.
- Alô… amor, ai que saudades.
- Puxa, você já chegou… tudo bem por aí ? (I presume!)
- Tudo ótimo. Estou adorando. Eu te conto quando voltar. Ué, quem está com você ?
- Ninguém…, quer dizer só aquela argentina? (I presume)
- De novo a argentina? Como é essa argentina?
- Ah, é só uma mulher. Mas e aí, e o tempo?
- Porque você está mudando de assunto?
- Amor, isso é uma ligação internacional. Você já deve ter gasto uns dez dólares.
- O tempo está lindo, a comida é mais ou menos,mas eu não engolí essa história de argentina. Você não está me falando tudo.
- Não tenho nada para falar! Eu só estou feliz de ouvir a sua voz.
- Eu também, que saudades. Você jura que me ama.
- Eu te amo.
- Porque você disso isso assim, frio desse jeito?
- Frio, como. Eu te amo, já disse.
- Não, eu conheço teu tom de voz. O que está acontecendo, Marcelo ?
- Nada, na volta a gente fala. Já passou de vinte dólares.
- Quem está ligando sou eu. O dinheiro é meu e eu estou ligando para te agradar. Quer saber: vou desligar. (….)
Well, Juliana, a moça bateu o telefone no gancho, foi até um grupo de amigas, chorou um pouco e, believe it, dois minutos depois estava de novo no aparelho:
- Alô, Marcelo, desculpa, por favor. É que eu estou com tantas saudades. E o fuso também deixa a gente esquisita.
- Eu também, amor. Desculpa eu. (I presume)
- Depois me escreve para falar sobre essa história da argentina.
- Tá bom, mas não se preocupe. Que bom que você ligou…
- Fala que você me ama.
- Eu te amo
- Fala de novo
- Eu te amo.
- Ah, que bom… amanhã eu te ligo de novo.
Fonte: Facebook
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