Advogado como profissão, mas... garção no fim-de-semana
A decisão de improcedência da ação contra a "Tia Carmem" - noticiada nesta mesma edição do Espaço Vital - fez com que pimpongasse, esta semana - nas "rádios-corredores" da OAB e do TJ - uma outra história envolvendo notório advogado interiorano que, divorciado havia um ano - e sem constituir novo casamento - habituara-se a passar as noites de sextas-feiras nas melhores casas noturnas da capital e/ou principais estabelecimentos congêneres do interior gaúcho.
Como ele era bem conhecido, estimado e tinha boa conta bancária, não lhe era difícil ser, semanalmente, apaniguado para o desfrute das melhores companhias em momentos de libação (nos bares dos prostíbulos) e em deleites de alcova (nas suítes espelhadas).
O advogado acostumara-se, nessa rotina, a conhecer mais de perto alguns companheiros de jornadas e a ajudar as moças da noite a resolver seus problemas e, até mesmo, a abandonarem a prostituição formal. Dava também gorjetas generosas aos seguranças, porteiros e camareiras.
Sentia-se feliz em ser tratado como o "Doutor Campeão".
Mas faltava-lhe algo: ele queria conhecer o "outro lado da vida" - vivenciar, com toques epidérmicos, as dificuldades de ser um "trabalhador da noite". Foi assim que, sigilosamente, entabulou com a dona de um prostíbulo que, em determinada sexta-feira, deixaria de ser cliente, para transformar-se em garção.
Dito e feito. Peruca caprichada, bigode disfarçador, casaco branco, gravatinha borboleta vermelha, lá estava o "Doutor Campeão", anonimamente fazendo as vezes de garção.
Assim, com relativa habilidade, ele ia e voltava da copa às mesas, entregando uísques, cervejas, filezinhos, sanduiches abertos etc. Foram seis horas de trabalho - das dez da noite, às quatro da madrugada.
Gentil no atendimento, o advogado-garção faturou espontâneas e consistentes gorjetas, além dos habituais 10% sobre o total de cada uma das contas.
No final da noitada, contou pouco mais de 800 reais como ganhos com a novel experiência de garção incorporada à bagagem da vida.
Caridoso, no sábado, o advogado - antes de imergir, de novo, nas suas lides de operador do Direito - procurou o vigário da paróquia próxima à sua casa e doou inteiramente o valor ganho (exatos R$ 812,00) a uma obra assistencial.
Ante a surpresa do sacerdote católico, o advogado fez um apelo reticente:
- Padre, não condene as p... Elas fazem parte da alegria de muitos homens de bem, como eu!...
Fonte: www.espacovital.com.br
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