Mr. Miles: para conhecer o mundo, qual é o melhor caminho:
mudar os lugares por onde se passa ou deixá-los como estão?
Roberto Pedreira de Freitas Ceribelli, por email
Nice question, Robert: missionários, cruzados, invasores,
evangelizadores e divulgadores de todas as fés e ideologias vagam pelo mundo
para mudá-lo. Eu os vejo, sempre, my friend. Eles não vêem nada. Não escutam
som algum. Não aspiram o aroma dos mercados e dos campos. Não procuram a
alegria nas pessoas. Pessoas que transitam dessa forma não são viajantes, I’m
afraid to say. Eles transportam um mundo irremediavelmente pronto no interior
de seus corações e querem mudar os lugares e as pessoas porque — poor people! —
têm a ilusão de que sabem tudo.
Viajar, my fellow, é justamente o contrário. Mente
desarmada, disco rígido limpo, olhos ávidos, desejo de aprender (ainda que seja
para ter substância ao discordar).
É de uma ultrajante pretensão passar pelos
lugares para deixar marcas. São os lugares, my friends, que marcam as pessoas.
Plantam flores no jardim da memória; erguem mirantes para pontos-de-vista mais
amplos e abrangentes. E, last but not least, costumam ser extremamente
divertidos.
Fonte: Facebook
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